Cenas que fui vendo

Peço desculpa pela ausência dos últimos dias, mas não tive oportunidade de ver o jogo com o Gil, e fiquei um pouco sem tempo para postar. Mas vamos lá às cenas. No domingo passado, dia de jogo, tive que ir cobrir um jogo do Campeonato Nacional de Seniores, que marcou a minha estreia numa bancada de imprensa, num estádio (ou numa amostra de estádio, vá). O jogo, Ninense - Vianense, não foi lá muito agradável, apesar dos 1500 lugares disponíveis estarem lotados e de alguns jogadores terem potencial, como é o caso do Diop, da equipa de Viana, mas é óbvio que fiquei maravilhado por estar a cobrir um jogo de forma oficial, com direito a nome e orgão de comunicação assinalado numa cadeirinha reservada para mim. E também fiquei maravilhado com o gajo que estava a relatar o jogo ao meu lado, de uma rádio de Viana, pois parecia um junky hiperativo viciado em trocadilhos fáceis, e divertiu-me mais do que o próprio jogo em si. O que reparei, e o que mais gostei, foi que ao lado da bancada de imprensa fica a família dos jogadores, e aquelas namoradas... é, sem dúvida, o melhor do futebol de escalões secundários.

De qualquer forma, e onde o Benfica entra nesta história, é que quando o jogo acabou, e depois da conferência de imprensa e tal, lá consegui ir para o carro e ouvir quanto estava o Benfica. Perdíamos 0-1 a 10 minutos do final. Já tinha arrancado no carro, mas ao ouvir o resultado, encostei a uma berma e pus as mãos à cabeça. O que se passaria com este Benfica? Foi aí que continuei a ouvir o relato, enquanto fumei um cigarro, e passou-me pela cabeça que a saída de Aimar poderia ser o motivo deste azar todo. Está bem que não sou supersticioso, e não acredito em merda nenhuma que não veja ou seja explicável, mas quando pedi a Aimar para não nos amaldiçoar e continuar a olhar por nós, o seu substituto natural, Markovic, deu-me razões para acreditar. Depois de berrar como um doido e atirar o cigarro pela janela fora (em zona livre de mato, claro, e depois de o ter apagado na língua, claro) decidi arrancar viagem, e ao ligar o carro, no momento em que a bateria desliga o rádio por segundos (sim, é um chaço velho), o Benfica marcou outro. Pois bem, agora ninguém me tira da ideia que foi São Pablo que nos passou uma bênção grátis, e espero que continue a olhar por nós durante os próximos jogos.

Ainda no futebol regional, e na série B, o Ribeirão despediu o treinador ao fim de uma jornada, depois de, na época passada, ter perdido o título no último jogo. O argumento do presidente foi que no Ribeirão é para ganhar, e o resto não interessa. Acho que o nosso presidente deveria pôr os olhos nisto, e daí tirar algumas ilações.

De resto, acho que, depois de Cardozo e Oblak, o Valdemar deveria ir ao Perdoa-me do Conduto, por ter estado tanto tempo sem escrever. E esclareço que fui eu que lhe coloquei um ultimato: "ou voltas a escrever ou não te apresento mais gajas boas". É claro que, como bom macho latino, Valdemar tremeu perante a ameaça, e, contrariado, cedeu.

PS: O Benfica calhou no grupo do Olympiacos, PSG e Anderlecht. Espero que Jesus não demore muito a descobrir qual a tática e quais os jogadores com que conta, porque se continuarmos como temos vindo a estar, é para ficar em último do grupo.

1 comentário:

DeVante disse...

O que espero muito sinceramente é que nas vésperas das deslocações a Grécia e Bélgica ninguém venha armar-se em treinador e pedir que se substitua Cardozo e Gaitan por Amorim e Rodrigo, porque, e cito: "dão mais equilíbrio"...
Se isso acontecer estamos fodidos!!!