O argumentista de filmes das Antas continua um génio

Primeiro criou a saga dos conselhos matrimoniais, e agora isto:

«Um assalto à casa da irmã de Pinto da Costa, a 17 de novembro de 2014, na freguesia de Cedofeita, no Porto, obrigava a uma intervenção mais musculada. Pinto da Costa queria que a família fosse à casa, mas temia que os assaltantes ainda ali estivessem.»

«Pediu a Antero Henrique, vice do FC Porto, para falar com Eduardo Silva, dono da SPDE. O objetivo era arranjar alguém que os acompanhasse. Antes que a polícia fosse acionada, era preciso avançar com uma investigação privada.»

«A 7 de maio do ano passado, o presidente do FC Porto pediu novamente ajuda a Eduardo Silva e a outros três seguranças. Um ladrão tinha assaltado a casa de um outro familiar, também em Cedofeita. Pediu proteção pessoal
»


Agumas perguntas assaltarão a mente dos mais inocentes fãs de cinema. 
Primeiro, quem é que assalta uma casa e em vez de fugir, fica á espera que os proprietários voltem? Seria porque queriam congratulá-los com o recheio que lá encontraram? "Dona Arminda, as jóias que a senhoura esconde no méio das caixas de sapuatos são um mimo de balor! Oiça lá!", ou, "Minha senhuora, estibémos até agoura á sua espeira para abrir eista garrafa de champánhue porque, sabe, num é todos os dias que eintramos numa casa para a limpar e encountramos uma colecçôum compleita de discos de binil do Cantinflas!"

Depois, qual era o problema de "acionar a polícia"? Seria porque havia alguma coisa a esconder dos próprios agentes policiais? Cópias de faxes do tempo do tráfico de marfim no porto de Aveiro? Facturas caducadas da agência Cosmos com o nome de solteiro de árbitros? Mais discos de vinil, mas desta vez do Roberto Carlos?

Obviamente, os assaltantes contentes com o lucro, decidiram repetir a proeza. E assaltaram a casa de um outro familiar de PdC. Talvez desta vez tenham encontrado uma cassette com as imagens de circuito fechado do suicídio de Mesquista Alves quando este decidiu dar um tiro na nuca e depois correr para a casa de banho para compôr a gravata ao espelho. Ou discos do Toto Cutugno...

O que é certo é que estes assaltantes não poderiam ter escolhido pior modo para cimentar a carreira criminosa: assaltar, por duas vezes, casa de familiares do embaixador da Camorra napolitana em Portugal. É o que se chama brincar com o Sistema.

Não sei se desta vez o senhor que inventa estes álibis para o Padrinho ganhará um Óscar, até porque o guião tem ainda mais buracos que o anterior, ainda que seja de louvar a creatividade. Mas a Justiça portuguesa é reconhecida por ser uma bela telenovela...



1 comentário:

artnis disse...

Deve ser o mesmo das novelas no "Dragays diário". Penso eu de que!