A mira do Rei Salomão



Confesso já não recordar com astúcia a grande obra que era o meu catecismo da quarta classe, onde se abordara a origem da riqueza do mítico rei juiz, salmista e feiticeiro Salomão, ou, para os mais distraídos, Sulejmani, num qualquer dialecto bósnio. Mas recordo-me bem da versão muçulmana desta grande personagem, ainda não confirmada pela antropologia, mas que une quase todas as principais religiões do mundo, na sua figura de grande líder com as decisões acertadas.

Houve um dia, em que o já proclamado Rei de Jerusalém, Salomão, se lembrou que poderiam chegar ao melhor ano de todos os tempos em termos de colheita de trigo, para acabar de vez com a fome na cidade, mas para isso foi necessário aquilo que de mais importante tem um líder - poder de decisão - .

Salomão, que, e não se esqueçam que esta é a versão muçulmana, não gostava que lhe chamassem de Rei, pois era um profeta com os mesmos poderes que conhecemos - por exemplo - a Jesus, o Nazareno, decidiu manter a cidade de Jerusalém sem tropas, sem guerra, mandando todos os soldados trabalharem na plantação, e depois na colheita. Salomão, com aquela decisão, sacrificou todo o reinado que lhe havia sido deixado por seu pai, o não menos mítico Rei David - matador de golias - que havia conseguido unir as tribos de Israel (eu sei, isto está a ficar chato comó caralho) à base da pancada a pau de eucalipto (pronto, está a ficar melhor), inclusive contra os seus próprio filhos (não Salomão, que esse era bonzinho).

A verdade (pronto, verdade para quem acredita nessas coisas) é que as 12 tribos de Israel viram a sua melhor colheita de sempre, segundo os muçulmanos, e Salomão ficou muito contente, enquanto ajudou nas colheitas, satisfeito por estar ali a dar ao cabedal e ser um verdadeiro exemplo para o seu povo. No final da colheita, Salomão partiu para uma das outras zonas de Israel, para agradecer a Deus a colheita, e pedir-lhe uma melhor para o ano seguinte. Aquilo a que hoje em dia chamámos de viagem de negócios, portanto.

O pior foi que os irmãos dele, insatisfeitos com o rumo pacífico que aquilo andava a tomar, e com receio que se perdesse o temor a Deus, fizeram um pacto com o Diabo (isto faz-me lembrar qualquer coisa, que envolve um fernando e um gomes unidos num só), dando-lhes o Diabo, alegadamente, (sim porque há muito adepto do Benfica que tem outras religiões e eu não quero ofender essa malta), o poder de mandar espíritos maus para dentro de pessoas normais, possuindo-as, portanto, e levando a que se matassem uns aos outros.

Moral da história. Apesar de Salomão ter conseguido a ajuda de Deus, que o levou numa barca voadora até Jerusalém a tempo de evitar uma calamidade, e usurpação do trono, Salomão perdeu a mulher (ou uma das mulheres, visto que esta é a versão muçulmana) e o filho, para além de bons amigos e aliados que mantinham, a muito custo já suavizados pelo tempo de paz, a segurança do reino.

Pois é, e apesar de se perspectivar um Salomão com a mítica camisola 10, esta história só quer fazer reforçar a imagem de que temos um presidente muito competente e com o poder de decisão mais assertivo desde os tempos de Judah, que percebeu perfeitamente que não havia necessidade de defender as tropas em casa, quando havia muito a agradecer e orar no Brasil. Estou certo que Deus, entretanto emigrado na Malásia, tem lá uma barquinha atracada em Porto Galinhas à espera da decisão do Sr. Vieira de voltar a Portugal, para ajudar a quem de direito.

Ou então, voltar a dar os poderes que Rui Costa teve outrora, e delegar nele toda essa responsabilidade, mas fazendo-o publicamente, para que todos saibamos que não andamos dependentes da benevolência de mitos.

10 comentários:

Henrique disse...

Porra Vitto, os eucaliptos são australianos pah! Tirando o problema botânico, muito bom.

LDP disse...

Tá um post assim um bocado pró novo leiáute.

pitons na boca disse...

Estou mais crente que o novo 10 seja o Djureticocic. E estou muito esperançado que, esse sim, carregue o barco até ao Olimpo (não tenho jeito nenhum para esta tanga das analogias religioso-épicas).

LDP disse...

sim, o Diuricique é um 10 clàssico, como poucos na europa actualmente de resto.
Jà o Salomé é uma asa direita ou esquerda.
Mas com Jesus ao leme nunca se sabe.

Vitto Vendetta disse...

Ok, my bad. Confundi os dois :P

Tutuala disse...

E um postzito sobre o futsal, não se arranja?!!

Alberto disse...

Ou seja a analogia foi toda por água abaixo. Ainda bem pq eu não tava a perceber corno do post!

Vitto Vendetta disse...

Cruzes. Este post não tem nada a ver com o reforço bósnio (sérvio), apenas o referi porque, traduzindo, o nome dele quer dizer Salomão.

Lê novamente :p

Alberto disse...

Tinha mais piada se fosse assim já nem dá pa gozar.

Tirando isso sempre tive o fetiche de ver o Rui a mandar naquilo tudo.

Quanto ao Aimar gostava de o ver regressar, mas não sei o que ele quer para o seu futuro se dirigente/treinador...

Unknown disse...

Queria saber como contactar alguém responsável pelo blog, por favor?
Obrigado.