Ninguém come fruta em Alvalade

Ora bem, antes de mais nada, fica aqui escrito para a posteridade: o primeiro lampião que me venha falar em “aliança”, “sodomização” ou “equipa B do Porto” ao descrever a (estranha) relação que existe entre Sporting e Porto, eu mando-o para o real caralho que o foda.

Alvalade é o estádio onde o Porto mais pontos perdeu nestes últimos anos! Uma verdadeira maldição sem fruta! 

Portanto, se no papel, blogs, fóruns ou mesmo na televisão, através do fantoche, Rui Gomes da Silva, a entourage lampiã tenta passar a ideia de que o Sporting é um aliado do Porto, a realidade em campo desmente-vos todos os dias, todos os anos, todas as épocas. Se há clube de quem temos sido “aliados” nestas últimas épocas, ainda que involuntariamente, é, precisamente, do Benfica!

Quanto ao jogo, que dizer? Fomos uma equipa realista, orientadas por um velho "lobo" dos relvados e que tratou de demonstrar no campo a confiança que sempre depositei nele. Só houve um Sportinguista desiludido com a exibição de ontem, um tal de Carlos Severino.

Só não percebi os assobios ao Izmailov e ao Liedson. Se queriam, verdadeiramente, destabilizar os dois (filhos da puta, peseteros dum cabrão!), só tinham de começar a bater palmas. Palmas em Alvalade? Ora aí está um verdadeiro mindfuck.

Vejo e ouço muitos Sportinguistas a criticar o Wolfswinkel. Já eu critico os mentes brilhantes da estrutura leonina que decidiram iniciar duas épocas consecutivas com apenas um avançado de raíz no plantel (Sim, porque Rubio ainda não é um verdadeiro avançado). Tenho quase a certeza de que um Wolfswinkel “fresco”, sem ter iniciado o seu 23º ou 24º jogo consecutivo como titular, teria marcado aquele golo na primeira parte.

De resto, foi o que esperava. Os putos Sportinguistas da equipa principal do Sporting deram conta do recado, fazendo um jogo mais realista do que o orçamento da época contabilizado por Godinho Lopes. Ilori é o Varane do Sporting e Eric (ou “Érik”, como tratam os seus colegas amigos), ainda que fora do seu habitat, foi um verdadeiro viking naquela dura batalha de meio campo.

Eric, o Terrível.

Enfim, gostei mais deste empate a zero contra o Porto do que o da época passada.

Às vezes, temos de ver para crer. Se na altura de Paulo Bento e a miudagem da Academia, assobiávamos Nani e Patrício e vociferávamos por estrangeiros, agora acontece precisamente o contrário: assobiamos os estrangeiros e idolatramos Bruma e companhia.

Oxalá o próximo presidente do Sporting consiga encontrar o ponto de equilíbrio entre estas duas realidades.

P.S. E o árbitro, perguntam vocês. Para mim, foi uma arbitragem normal desta época, desta Liga, deste século, desta vida.

 Gostava era de saber qual opinião dos milhões de lampiões que ontem viram o jogo sob o olhar dos Sportinguistas...