Dull boy

Quando me sentei para escrever este post sobre o “caso” Adrien, só me ocorreu fazer como o Jack Torrence no filme “The Shining” e escrever o post todo apenas com:

                                     O Adrien é um filho da puta. O Adrien é um filho da puta.

                                     O Adrien é um filho da puta. O Adrien é um filho da puta.

                                     O Adrien é um filho da puta. O Adrien é um filho da puta.

                                     O Adrien é um filho da puta. O Adrien é um filho da puta.

                                     O Adrien é um filho da puta. O Adrien é um filho da puta.

E o advogado também é.

Mas como se tornaria um pouco aborrecido para vocês, vou tentar elaborar mais um bocadinho o que penso.

Primeiro, se o Adrien sair, ainda temos o André Martins. E o Labyad. E o Elias. E o Izmailov, se estiver bem fisicamente. Se sair, não será uma tragédia grega, um épico hollywoodesco como foi quando o Moutinho saiu. Na pior das hipóteses, será um drama, uma ficção nacional, um telefilme qualquer da SIC ou da TVI.

Começou como começam todos os verões no Sporting, com uma novela “Made in Alvalade”.  A TVI tem os “Morangos com Açucar”, nós na Academia temos “Maçãs com Bicho”. Quando leio que a TVI é que relançou o drama nacional com as suas telenovelas, abano a cabeça e lembro-me que em Alvalade já se fazem novelas há muito mais tempo, desde o “verão quente” dos tempos do Figo, Paulo Sousa e Pacheco, pelo menos. Lembro-me ainda da novela Jardel, das demoras do Liedson a chegar do Brasil, do saída do Moutinho e mais umas quantas.  Estranho seria se não acontecesse nada.

Está visto que o Adrien não quer nem nunca quis renovar e que alguém está a mexer os cordelinhos por trás desta operação toda. Se fosse há uns meses atrás, não teria dúvidas em dizer que esse alguém se chamava Pinto da Costa mas vendo como o Benfica tem vindo a trabalhar nos últimos tempos (vide o comunicado dos Leões de Porto Salvo sobre a ida do seu melhor jogador de futsal para o Benfica) e após as frustradas tentativas de contratar o Labyad, Rojo, Viola e, parece que até o Matías, não me espantaria nada que fosse o LVF a comandar as operações a partir do outro lado da 2ª circular. 

Dizem os adeptos benfiquistas e portistas, orgulhosos, isto no nosso clube nunca aconteceria!

Pois não, se não formam jogadores como poderão correr o risco de os ver a sair a custo zero?

E que fazer agora, questionam-se os adeptos sportinguistas, ainda atordoados pela bojarda que foi a ida do Moneytinho para o Porto, há duas épocas?

Se fosse eu a mandar, este próximo jogo do Troféu 5 Violinos serviria para fazer uma espécie de referendo aos adeptos do Sporting. Assim como se fazia nos circos romanos, votando com o polegar para cima ou para baixo. Cima, continua na equipa principal, baixo, vai para a equipa B.

O Adrien entrava em campo e, consoante os polegares em cima ou em baixo, tomar-se-ia uma decisão. Só é pena que nestes tempos que correm não se poder utilizar o leão da apresentação do ano passado mas desta vez sem jaula, pois acho que aquelas pessoas que defendem o animal não iriam gostar. E não estou a falar do leão.