Ya, nico.

Yannick já treina de vermelho, para vergonha dos adeptos encarnados mais ferrenhos. E gáudio dos de verde ou dos lampiões com sentido de humor...

E a Benfica TV já trata de lançar torpedos na direcção do Sporting, explorando o filão. A Bola, o Record, associam-se.

- "Já sinto a grandeza do Benfica"
- "O comboio passa duas vezes"
- "Enchente para ver o novo craque das águias"

Rapazes, o circo está aberto! Alguém disse que o Djaló estava no Sporting desde os 15 anos ou lá o que é. Nunca vi nenhuma notícia a apelidá-lo de "craque" nestes 10 anos, nem nos seus melhores momentos. Bem pelo contrário. Faziam querer que o gajo tinha tijolos nos pés e seria uma espécie de Obikwelu, opinião unânimemente partilhada pelos adeptos mais voláteis do mundo, os do Benfica.

Mas deve aprender-se muito a correr na praia com escala em Nice...

A sem vergonha não tem limites para a imprensa e opinião desportiva (e não só) nacional!

É algo a que já assistimos anteriormente. Qualquer jogador que tenha possibilidade de ir para Porto ou Benfica, vem com aura de craque. Mas se acaba no Sporting, é flop ainda antes de jogar, como nos quis fazer crer o famoso escrito "Purovics e Romagnolis" do manhoso Manha do CM.

É uma comunicação social com a única finalidade de servir de lavandaria para opiniões feitas à medida dos interesses encarnados, um fenómeno que já observo com curiosidade há alguns anos.

O último episódio disto é a tentativa de transformar um ex-jogador do Sporting, por ser ex-jogador do Sporting, num "craque das águias".

Eu pessoalmente desejo a maior sorte ao Djaló, que descole finalmente e venha a ser o jogador que um dia prometeu, bem como prometiam os grandes golos que marcou ao Benfica. (curioso que a comunicação social, de tempos a tempos, destaca os golos do Domingos ao Sporting, mas agora esqueceu os golos muito mais bonitos que Djaló marcou ao Benfica...). Desejo que regresse à selecção e seja titular na final deste Euro.

Até porque o objecto deste meu escrito não o tem como alvo.

Apenas aos que estão parcialmente ao serviço de um clube, esquecendo códigos deontológicos da profissão.