Os 3 grandes broncos deste mundial

Fábio Capello
 A maior estrela entre os treinadores, era também a estrela maior desta seleção russa, e o grande responsável pelos ex-soviéticos jogarem o seu primeiro mundial deste milénio. Verdade seja dita que a Rússia não levou banho de bola de ninguém, marcou dois golos, sofreu três, com grandes culpas de Akinfeev, um grande guarda-redes, mas que teima em criar frangos em horas de jogo, sabe-se lá porquê (a federação diz que foi por causa dos lasers), mas embora não ter sido saco de pancada de ninguém, a verdade é que esta Rússia pareceu isso mesmo, um saco de boxe, daqueles que dás um murro, e ele responde e acerta-te se não estiveres atento, mas nada mais que isso. A persistência de Capelo em utilizar sempre a mesma táctica amorfa, contra equipas acessíveis, e não apostar nos 2 mais criativos russos da actualidade ,Dzagoev e Mogilevets, fazem dele alguém que não tinha grandes ilusões, e embora tenha trabalho feito, e tudo aponte que os próximos anos sejam melhores (muita juventude de qualidade prestes a entrar nesta seleção), perdeu aqui uma excelente oportunidade para estar nos oitavos no lugar da Argélia, e a culpa é inteiramente ele, pois pareceu querer empatar todos os jogos que fez.

Edson Cavani
Uma época soberba em Paris, depois de várias ao serviço do Nápoles, Cavani apresentava-se neste mundial como o natural companheiro de Suarez na frente de ataque, relegando Forlán para uma terceira linha nesta seleção. O facto de ter notórios problemas físícos não pode desculpar as imensas oportundiades criadas pelos colegas, e desperdiçadas de modo quase surreal, eu assim de cabeça lembro-me de umas 5. E atenção, não se trata de falhanços por defesas dos guarda-redes ou cortes de defesas, são mesmo falhanços inacreditáveis com a responsabilidade total para Cavani. Sem Suarez, Cavani é zero, e Tabarez preferiu sempre deixá-lo solto no campo, quando deveria ter-se acautelado para um eventual problema com Suarez, o que veio a acontecer, tendo ficado a equipa a depender de um mágico que se esqueceu da magia numa mala algures em Montevideu

Espanha
Nunca os 'bota-abaixo' do futebol estiveram tão próximos da razão quando anteciparam um infortúnio para estes espanhóis, fustigados pela carga intensa de jogos ao longo do ano, e com o Atlético Madrid a ajudar à festa, cansando ainda mais estes jogadores, que, com mais 6 anos, já não têm o mesmo ritmo. Também a forma de jogar continua a mesma, com os passes no meio, mas desta vez os laterais não corresponderam, e o que se viu (especialmente na primeira parte do jogo contra a Holanda), foi uma série de passes para os mesmos sítios durante minutos a fio, irritando-me profundamente. Fora isso do tiki-taka que na verdade era só tiki, abaixo de péssimo estiveram Casillas, Ramos, Piqué e Diego Costa, com exibições ao nível de uma equipa da distrital de Castelo Branco, e Del Bosque, incapaz de mudar o rumo das coisas. Um treinador tem de saber, num munidal, mudar de táctica, de sistema, tem de procurar algo que os leve à vitória, senão corre o risco de ficar arrumado ao segundo jogo, e de nada valerá as mudança no terceiro. Também me mete confusão ver uma dupla entre Ramos e Piqué, sem Puyol a mediar. É um facto que esta ainda é uma geração de ouro, pois ainda irão ganhar muitos títulos nos clubes, e daqui a dois anos há Europeu, e, com excepção de Xavi, todos deverão participar e fazer uma boa prestação, por isso não declaro já a morte de nada, embora a vergonha lhes assente como a minha boca num whisky.

Para mim, foram estas as três campanhas desastrosas que não conseguiram emendar ou fazer algo positivo neste mundial. Itália, Inglaterra, Portugal, ou até Cristiano Ronaldo não estão na lista pois, embora com prestações muito negativas, deram mostras aqui e acolá de tentar mudar o rumo das coisas, especialmente Portugal.

2 comentários:

Pedro disse...

Grande época do Cavani no PSG??
Sem Ibra queria ver o que fazia...

Não vale metade do que custou.

Classe Baixa 1904 disse...

A Rússisa já tinha estado no Mundial 2002. Abraço.