Meter as cruzinhas

Havia uma senhora extremamente beata. Todos os dias ia à igreja e depois de umas orações, pedia a Deus, com toda a fé, que lhe desse prosperidade.
Foram anos a fio a ir todos os dias à igreja, pedindo a Deus, Jesus Cristo e todos os Santos possíveis que lhe dessem toda a prosperidade e uma vida folgada.
Como ninguém atendia às suas preces, a senhora começou a ficar cada vez mais desesperada e as orações tornaram-se em lamentos, em que ela perguntava porque Deus, Jesus os Santos a tinham abandonado e não atendiam ao seu pedido.
Um dia na igreja, após mais uma oração desesperada e mais perguntas do porquê do abandono, Deus apareceu à senhora e falou:
"- Oh mulher, mete a merda das cruzinhas nos números do boletim, porra!"

Numa vertente mais realista e menos fábula brasuca facebookiana, conto aos leitores o seguinte:
Há praticamente 20 anos, fui com os meus pais e a minha mana aos EUA, mais concretamente a Miami e Orlando. Visitámos TODOS os parques temáticos que por lá havia, com transporte e pensão completa. Os dois vôos trans-atlânticos foram na primeira classe de um 747 da já desaparecida TWA.
Não tenho pais ricos nem fui ao BES.
Simplesmente a minha mãe lembrou-se de mandar um cupão e 4 tampas de iogurte líquido da YOU (uma marca da Mimosa que existia na altura) para um concurso que decorria na altura. Na noite do sorteio, em directo na televisão, o Herman José disse o nome do meu pai.
Curiosamente, ninguém cá em casa viu o dito sorteio. Foi preciso ligarem da Mimosa para sabermos a sorte que tivemos.

Só para mostrar que às vezes a sorte acontece mesmo!

As hipóteses do porto escorregar em Paços de Ferreira são remotíssimas. Não tão remotas como ganhar o Euromilhões ou uma viagem aos EUA mas ainda assim, muito remotas.

No entanto, o Benfica se quer ser candidato à sorte, tem que preencher o cupão / meter as cruzinhas nos números leia-se, golinhos ao moreirense.
Se não der prémio...pelo menos fizémos o que podíamos.

Força Benfica!