Record tem nova direção (e eu gostei)
Não posso deixar de felicitar a nova direção do jornal Record (António Magalhães, Bernardo Ribeiro e Nuno Farinha), desejando-lhes todo o sucesso que aquele jornal merece ter. Nunca compreendi muito bem a entrada do antigo diretor João Querido Manha, contra quem não tenho nada em particular, mas sempre o achei um pouco desfasado das soluções que possam alterar a triste realidade que atravessa o mundo da imprensa.
Eu fui leitor do Record durante muitos anos, tendo começado a comprar o jornal (era tão baratinho na época) quando saía apenas 2 (ou 3) vezes por semana, e sempre foi o jornal que me habituei a ler, tendo até dificuldade em ler os outros por causa da paginação e da abordagem à notícia. Um dos motivos da minha fidelização foi a primeira edição da Liga Record, onde consegui, com uns 12 anos, figurar em primeiro durante 2 semanas. Essa é uma das provas que o Record sempre soube fidelizar leitores através de outras iniciativas que outros temiam arriscar.
Não sei se o novo diretor será o homem certo para recuperar o que se tem vindo a perder (quer-me parecer que já vem desde 2011), mas António Magalhães é um excelente repórter, com sensibilidade de terreno e de saber aquilo que o leitor procura. Se terá a visão necessária para um diretor, não sei, mas tenho a certeza que Bernardo Ribeiro, alguém que aprendi a admirar pelo jornalismo extra-futebol, e que terá certamente uma visão moderna e atualizada em relação ao que o leitor quer, e que ele poderá ter a mente aberta necessária para acompanhar a evolução do jornalismo, sobretudo do digital. De Nuno Farinha não tenho opinião, apenas o acho um bom opinion maker e não conheço o trabalho dele a fundo na imprensa escrita. A verdade é que, a partir do momento em que há um consenso por entre os benfiquistas (aqueles menos cegos, vá) que o jornal O Jogo é o mais sério, então é porque algo vai mesmo muito mal com o Record.
Resumindo, para quem não quer ler tudo - ao fim de 2 anos afastado, o Record volta a ganhar aqui um leitor, e daqui a um mês tentarei perceber o que mudou, e talvez o que poderia mudar para voltar a colocar o Record onde o seu Nome merece.
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10 comentários:
Já vi que não estavas a ser irónico la no meu estáminé.
Tu achas mesmo que esta tripla é algo de bom para o jornalismo desportivo... oxalá estejas certo.
Eu continuo enlutado
Não sou propriamente um gajo que utiliza a ironia, isso é mais para os presidentes corruptos :D
O jornal «O Jogo» é o mais sério, li bem?
Os lagartos também estão ufanos com a nova direção! Tratando-se do jornal que se trata, não é para admirar: o Record não foi sempre um reduto do lagartedo?
Também participei nessa primeira Liga Record e a melhor classificacção que consegui foi sétimo.
Lembro-me de "comer" toda a revista e de conhecer as estatisticas de quase todos os jogadores. O Abilio do Salgueiros dava muitos pontos. Na defesa o Artur Jorge e o Zé Nuno Azevedo do Braga também tinham boas médias!
Sobre o Record, jornal que sempre li. Tomei o hàbito aos domintgos, chuvosos e frios, de acordar com o meu pai a transer-me o jornal à cama onde o lia. Era para mim estranho quando ia ao café e havia apenas a Bola. Tinha a mesma sensação que tu. Não compreendia muito bem aquilo.
Contudo, numa coisa a Bola sempre foi melhor que o Record : nas capas.
Bela colecção de erros, este meu ultimo comentario :
*classificação
*domingos
*trazer-me
Um anti, um lagarto e um benfiquista envergonhado.
Boa tripla.
Vai seguir o Farinha no twitter e depois diz se continuas esperançoso...
iaaa bem... que puta desilusão.
atão não é que o vitto curte o jornal rancord???
E estava este blog nos favoritos, dasss
Eu por acaso sempre cresci a ler A BOLA. E gostava. Depois o jornal perdeu tamanho ficando com estilo tabloide, não só no tamanho, mas principalmente nas noticias... Do Record a ideia que sempre tive era de ser altamente sensacionalista. E note-se que sou do tempo da Gazeta dos desportos...Que chegou a pôr Ikpeba e Henry a caminho do Benfica...
Mas quem,para os jornais, e que nao esteve no caminho do Benfica?
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