Vá lá, querem dar má fama ao blog? Vamos lá baixar o nível de intelectualidade desta porra, porque hoje estou farto de ler discussões sobre Nietzche, sobre geografia e sobre a métrica das rimas. Ora vejam lá a 'battle' que anda pela caixa de comentários entre o Roberto Rensenbrink e o NSC. Se alguém os vir nas imediações do estádio, ponham-nos a comer frango de churrasco e besuntem-lhes aquelas bocas de piri-piri a ver se aprendem a ser menos maricas.
Roberto Rensenbrink ESCREVEU:
Latinista e helenista, diretamente da Hélade.
Em estilo livre e no mais puro versilibrismo de pé quebrado:
«Olhos azuis ramelados
Busto depilado
pálida é sua cara
gordo como uma vara
Engole pastilhas
caga lentilhas
não lhe fica gordura
daí a sua formosura
O nome não se lhe conhece
no insulto fenece
mostrando sua arte canora
como o estro cu...rrobora.»
Decassílabos é como quem diz.
Pensei em sáficos para ela... mas não quis ofender.
Pensei em sáficos para ela... mas não quis ofender.
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NSC ESCREVEU:
Foda-se, ainda esperava algo como um vilancete, mas talvez fosse pedir muito..
E esses pés, tão mal medidos... Como pensas poder alguma vez escrever em sáficos, Robin?
Já agora: não são decassílabos heróicos? Então são o quê, montada de Sileno?
E esses pés, tão mal medidos... Como pensas poder alguma vez escrever em sáficos, Robin?
Já agora: não são decassílabos heróicos? Então são o quê, montada de Sileno?
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Roberto Rensenbrink ESCREVEU:
Vilancete?
Não vou em cantigas, quando muito uma ode:
A irracionalidade dos animais~
irrompe a cada momento
e um só instante basta
para este os cascos hemorroidais
com estrondo fincar, o jumento,
na vã tentativa de propagar a casta.
Falta-lhe porém fêmea ladina
que perpetuar por si queira
raça assim cretina e asinina
que definha, impudica, na esterqueira.
Ergue, pois, o olhar húmido
para o Olimpo madrasto
e, incapaz de conter o gemido,
caminha, cabisbaixo, para o pasto.
Aí, definha o traste lambão.
Fazendo uso da dextra canhestra
Embala, furiosamente, o babão,
o órgão decepado pela cruel Clitemnestra.
Deste modo Apúlio explica a voz fininha
a deste execrável Asquiltes,
Orpheu menor da microscópica pilinha
que os outros atormenta com os seus aviltes.
Vilancete?
Não vou em cantigas, quando muito uma ode:
A irracionalidade dos animais~
irrompe a cada momento
e um só instante basta
para este os cascos hemorroidais
com estrondo fincar, o jumento,
na vã tentativa de propagar a casta.
Falta-lhe porém fêmea ladina
que perpetuar por si queira
raça assim cretina e asinina
que definha, impudica, na esterqueira.
Ergue, pois, o olhar húmido
para o Olimpo madrasto
e, incapaz de conter o gemido,
caminha, cabisbaixo, para o pasto.
Aí, definha o traste lambão.
Fazendo uso da dextra canhestra
Embala, furiosamente, o babão,
o órgão decepado pela cruel Clitemnestra.
Deste modo Apúlio explica a voz fininha
a deste execrável Asquiltes,
Orpheu menor da microscópica pilinha
que os outros atormenta com os seus aviltes.
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NSC ESCREVEU:
Roberto, isto é um vilancete em redondilha maior. Com heptassílabos. Dentro das regras, seu asno.
Vejam lá a minha sina:
Fui chamado p'ra duelo
Por um burro n'O Cabelo.
Roberto acordou um dia
Com vontade de cantar
Vai daí, pôs-se a zurrar
Com tamanha energia...
Que todo o mundo o ouvia.
Mas que infeliz anelo
D'este burro n'O Cabelo.
Ornejava em latim
Com o dom dos asininos
E como puxa aos bovinos,
Decide marrar em mim,
O comedor de capim!
Podia ser um camelo
Mas é burro n'O Cabelo.
Vejam lá a minha sina:
Fui chamado p'ra duelo
Por um burro n'O Cabelo.
Roberto acordou um dia
Com vontade de cantar
Vai daí, pôs-se a zurrar
Com tamanha energia...
Que todo o mundo o ouvia.
Mas que infeliz anelo
D'este burro n'O Cabelo.
Ornejava em latim
Com o dom dos asininos
E como puxa aos bovinos,
Decide marrar em mim,
O comedor de capim!
Podia ser um camelo
Mas é burro n'O Cabelo.
17 comentários:
GAY ALERT!!!!
Eu não acardito nesta merda....
Arguing on the Internet..
Eu também não acardito nos meus olhos!
Mais um mito desmontado: comprova-se que os intelectuais somos nós. E foi preciso esperar pelo fim da coexistência com a lagartame para ver o blog inundado de sapiência.
Ah, e para quem tenha dúvidas sobre a origem etimológica de "sapiência", consulte o blog do POC...
Dassssssssse!!!
A minha alma está parva, além de filófos, e geografos, agora temos poetas, ou serão poetisas?
Foda-se, falta aí um soneto, que a coisa vai empatada.
E isto é tudo menos paneleirice. Olhó Camões, famoso benfiquista que tinha uma espada na mão e uma pena na outra e escrevia poemas. E o Bocage, presidente da Casa do Benfica de Setúbal, que tinha a pena numa mão e o carualho na outra?
BAH! Vou mas é acabar a merda do relatório.
Vocês os dois hoje ganharam a internet. Isto é tão espetacular.
Desde o último sarau do presidente fltulento na RTP que não me confrontava com poesia de tão alto gabarito !
É muita quólidade porra !
Simplesmente lindo. Continuem por favor! :)
Resenbrink e NSC,
Fabuloso, mas já agora comeram sopa de letras?
Agora mais a serio, muito bom mesmo, não esmoreçam e façam o favor de mostrar que o Cabelo é mesmo cabelo e não gadelha!
Obrigado aos dois pelo bom momento.
Cada vez gosto mais do Cabelo!! So faltam mesmo as gajas nuas, como disse o LDP.
Erat Afrânius Asininus domo suo
Cum subito amatum seum apervenit
Dicit:
- Afrânius quid facis hic alcoolicus meus
qui non video te semanas tres?
Dicit Afrânius Asininus:
- Amatus meus non scio quod facere
sed apaixonatus sum per vicinam
tabernariam.
- Per vicinam tabernariam respondit amata
cum tristitia, sed Afrânius Asininus amatus
meus, pater meus habet magnam
vinam in terra cujenses.
- Magnam vinam?
Admiratus era Afrânius Asininus! Cum
mille Diabus amatum meum quid
facimus hic in Cabelo? Rapidus
ad Latrinariam, bebamus et folgemus
Casamus ad finem!
Uvas ate-nas portas! Spetaculus est. bons copos.
Robin, pá, hoje até te pagava um copo.
Afrânius, e eu aceitava, pá!
não posso com esta merda...
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