Os jornalistas, os jornalistas....

"Não faço milagres mas gostava de fazer um rapidamente: dar inteligência a alguns jornalistas"

Esta frase de Bruno de Carvalho, em resposta à ex-jornalista da Benfica TV que o Correio da Manhã TV se lembrou de enviar para a conferência de imprensa em Alvalade do presidente do Sporting, causou mais reacções à classe, naturalmente quadrúpede, do jornalismo “desportivo” português do que anos e anos de agressões a colegas nas Antas/Dragão. Foi ler Luís Sobral, por exemplo, quando escreveu no MaisFutebol “A forma como se referiu aos jornalistas foi inconveniente, deselegante”, ou Pedro S. Guerreiro, no Record, quando disse “Os jornalistas não são flores de estufa (...) tratá-los como idiotas é uma idiotice (...). Bruno de Carvalho vai mesmo seguir esse caminho?" e decerto que outros terão escrito mais umas quantas palavras a demonizar Bruno e as suas palavras duríssimas contra os jornalistas.

Acredito que também n’A BOLA, tanto em papel como na TV, não tenham deixado escapar a oportunidade e o momento para protegerem a sua classe e os seus colaboradores, tal como -  depressa e bem - , o fizeram assim que um dos seus jornalistas d’A BOLA TV foi brindado com gritos de “lampião” e quando uma garrafa de cerveja “aterrou” perto de dos seus pés, em Alvalade. No dia seguinte, essa “agressão” deu direito no jornal a uma “caixa” de notícia, com um título esclarecedor “Equipa de A BOLA TV agredida”.

Já o que me custa a engolir, é ver que numa situação semelhante – e alguns diriam mesmo, bastante pior -, em que envolveu agressões físicas à jornalista d’A BOLA TV e ainda danos à câmara de filmar, já não tenhamos visto no título da notícia do jornal do dia seguinte “Equipa de A BOLA TV agredida” mas sim um singelo “Festas e agressões em Lisboa” e que só lá para o fim da dita notícia é que temos duas linhas de texto a mencionar o “incidente”.

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Depois queixam-se...