Estivemos à conversa com João Coutinho, que abandonou o Benfica no início desta época, onde foi responsável pelas Modalidades nos últimos 4 anos, e figura que ficará para sempre associada a um dos melhores períodos do clube nesse campo. Já foi Fuzileiro, Polícia Naval e membro da claque Diabos Vermelhos. Fique a conhecer um pouco desta figura bastante acarinhada pelos benfiquistas, que tanto deu ao clube, e saiba o que pensa em relação às Modalidades, ao Futebol, a Luís Filipe Vieira, Rui Costa e muito, muito mais.
CdA:
Pergunta da praxe... O que nos tem a dizer de Pablo Aimar? E do seu
farto e magnífico cabelo?
João Coutinho:
Para mim o Pablo Aimar é uma referencia no futebol moderno mundial.
Com muita pena minha, chegou ao Benfica com uns 'aninhos' a mais e
condição física a menos, mas conseguiu, durante este tempo que
representa o nosso clube, deixar-nos momentos inesquecíveis de bom
futebol. A juntar a isso, um grande profissionalismo no desempenho
das suas funções de atleta e uma enorme grandeza humana como Homem.
Será, com certeza, lembrado pelo Benfica e pelos seus adeptos pela
forma grandiosa com que sempre representou o nosso Clube. O seu
farto e magnifico cabelo é também a sua imagem de marca, e ficará
para sempre presente na nossa memória.
CdA:
Como é que um fuzileiro se torna vice-presidente do Benfica, e como
é que um fuzileiro vive o Benfica?
JC: Servi com
muita honra o meu País no Corpo de Fuzileiros entre 1992 e 1995.
Fui como voluntário e dediquei-me à instrução militar na Escola
de Fuzileiros, e depois, nos anos que servi na Unidade de Policia
Naval com muito aprumo e seriedade, penso que fui um bom soldado e
honrei a boina azul de fuzileiro e a Pátria que amo em especial.
Ainda hoje me sinto disponível para tudo aquilo que o meu País
precisar de mim. Tornei-me vice-presidente do Benfica num daqueles
momentos que marcam a nossa vida, a convite do Senhor Luís Filipe
Vieira, que na altura me telefonou e me disse que gostava de contar
comigo. Foi um dos dias mais felizes da minha vida e claro que
aceitei de imediato, pois servir o Benfica é algo de muito especial.
Poder fazer e escrever a história do clube que amo é algo que nunca
poderei esquecer e que me marcará para toda a vida. Um fuzileiro,
acima de tudo é um homem, um homem pronto a servir uma causa com
todas as suas forças, sempre disponível para se sacrificar e dar a
vida pelo País e pelos portugueses. Com a mesma paixão se define um
benfiquista. O amor com que o meu pai me ensinou a amar este clube é
o amor com que eu ensino a minha filha a amar o Benfica. Um
benfiquista dá tudo pelo seu clube do coração. Faz sacrifícios,
chora, ri, faz tudo pelo seu clube. É assim que o fuzileiro e
benfiquista João Coutinho se complementam. Dois amores. Duas
paixões: Fuzileiro uma vez, fuzileiro para sempre/Benfiquista
sempre, até morrer.
CdA: E o Benfiquista João Coutinho acompanha o Futebol? O que acha que faltou nos últimos 2 anos para não conseguirmos segurar o título, e o que mudou em
relação a isso?
JC: Vivo tudo o
que diz respeito ao Benfica com muita atenção e paixão, e o
futebol é muito especial para mim. Acompanho, vou aos jogos e também
tenho os meus próprios tiques de treinador de bancada. Rio, choro,
sofro, critico… sei lá...
Ver um jogo do
Benfica ao pé de mim é uma aventura inesquecível. Não sei o que
nos faltou para podermos continuar a ganhar títulos com mais
regularidade nos últimos anos, depois da brilhante conquista do
campeonato. Penso que o facto de há já alguns anos não ganharmos o
campeonato e depois termos ganho logo no primeiro ano do Jorge Jesus,
fez com que nos deslumbrássemos um pouco, festejamos em demasia essa
conquista e perdemos o discernimento necessário naquele momento que
deveria ter sido de viragem e de afirmação. Mantivemos o rigor em
termos de gestão orçamental da equipa de futebol, mas penso que
esse rigor não foi ao mesmo nível atingido a nível desportivo e em
especial dentro das 4 linhas. Acabamos todos por ser culpados pelo
insucesso, pois somos uma equipa e daí eu pensar que hoje estamos no
bom caminho para uma nova conquista do campeonato, pois o rigor na
gestão financeira do nosso clube continua e o facto de a equipa
estar a ser mais consistente em termos de soluções técnico-taticas
para o treinador, o facto de o nosso treinador estar cada vez mais
consciente da realidade do nosso clube e ter dentro de campo atletas
que sentem a nossa camisola há já alguns anos, fazem-me crer que
este será de novo o nosso ano, e estão lançados os alicerces para
que o Benfica volte a ganhar em todas as frentes nacionais com maior regularidade, para dentro de poucos anos poder voltar a ganhar
internacionalmente.
CdA: Fora do Futebol, nos últimos anos o João Coutinho foi uma das figuras mais mediáticas do Benfica, devido, em grande parte, aos sucessos no Futsal. É
reconhecido na rua? O que lhe dizem?
JC: Se fui ou não
uma figura mediática do Benfica não sei. Sei que em cerca de 4 anos
que servi o meu Clube , fi-lo com paixão, amor e total entrega.
Tenho a certeza que tudo isso se reflectiu no meu trabalho e ao mesmo
tempo na imagem com que as pessoas ficaram de mim. As modalidades, no
seu geral, tiveram bastante sucesso durante o meu tempo no Benfica,
não só o futsal. Não vou esconder o meu carinho especial e grande
paixão pelo futsal, mas sempre me preocupei com todas as outras e
dediquei-lhes sempre o mesmo tempo, atenção e paixão. Estive,
sempre que possível, em todos os momentos importantes, bons e maus
de todas elas ( graças a Deus forma mais os bons que os maus ). Sou
bastante conhecido na rua. Sou uma pessoa prestável, educada e
próxima de quem me aborda. Trato todos de igual para igual. Dedico
sempre o meu tempo e gosto de ouvir tudo o que as pessoas têm para
me dizer sobre o meu trabalho no Benfica e sobre a minha pessoa. Vejo
isso como uma forma de poder evoluir e de aprender sempre algo com
quem me aborda e pensa algo de mim.
CdA:
Qual a principal diferença do Benfica campeão europeu de Futsal, e
o Benfica dos anos seguintes? A quem se deveu aquela época
fantástica?
JC: Que dia, 25
de Abril! Inesquecível!
Muitos me
chamaram louco, quando nesse ano assumi que o Benfica era candidato a
ser campeão europeu de Futsal. Muitos me acharam louco por lutar e
acreditar que a UEFA nos daria a organização da Final Four. O que é
certo é que fomos o clube organizador do evento e fomos o primeiro
clube português a ser campeão europeu de Futsal. No entanto, não
se podem fazer comparações. Momentos como estes acontecem, e só
estando lá é que os podemos concretizar. Tudo se conjugou nesse ano
para que tal acontecesse. Depois, fechou-se um ciclo. Saíram
jogadores, saíram treinadores e criou-se uma estrutura técnica nova
e também de jogadores. Acima de tudo, e tendo eu vivido muito de
perto toda a organização da prova e a preparação da equipa, o que
valeu por todas as tácticas e estratégias, foi a vontade dos
brilhantes jogadores que se fecharam num grupo forte e lutaram juntos
por um só objectivo. Foi somente o seu querer ganhar e presentear as
cerca de 10.000 pessoas que encheram o Pavilhão Atlântico, que fez
com que o titulo tivesse sido alcançado. Naqueles momentos ninguém
ouve tácticas ou estratégias. É o querer, a garra, e o espírito
forte de união do grupo que faz a diferença e fez-se realmente
historia. Foi um dia inesquecível para o nosso Clube, foi um dia
inesquecível para a historia do Futsal português e foi um dia
histórico para a vida de todo o grupo de trabalho. Para mim foi o
coroar de um sonho. Muito chorei naquela tarde e sei que ajudei a
escrever uma das páginas mais bonitas da historia recente do nosso
clube. Foi muito sentido o abraço que dei ao nosso presidente no fim
do jogo e sei que a sua alegria era a alegria de milhões de
benfiquistas .
CdA: Nesse grupo, dois nomes se destacaram. Substituir Ricardinho
e André Lima foi complicado?
JC: O Ricardinho
e o André Lima são duas figuras ímpares da historia do Benfica, e
que sempre nos merecerão um profundo respeito. São pessoas muito
especiais, que tudo deram ao serviço do nosso clube, e em meu
entender fazem parte dos insubstituíveis. Como deve entender,
atletas e treinadores do nível do André e do Ricardinho não é
fácil substituir, e como tal, o seu lugar estará sempre lá.
O Ricardinho
seguiu o seu caminho na evolução na modalidade que é realmente o
que o move, e foi-lhe apresentado um projecto muito interessante no
Continente Asiático e muito bom em termos financeiros, e ele aceitou
esse projecto. Por mim, fez muito bem.
O André iniciou
uma fase da sua vida como treinador em que investiu na sua formação,
com mais tempo para si na busca desse objectivo e quanto mim fez
também bem e hoje é uma referência no Futsal mundial e está a
fazer um brilhante e sério percurso na China ao nível do Futsal e
até do desporto em geral, e com certeza que também a nível
financeiro é muito bom para a sua vida. Terão sempre os dois as
portas do Benfica abertas.
CdA: Mas Ricardinho, entretanto, regressou ao Benfica, onde não se
sentiu muito bem. Agora, no Japão, fez algumas críticas à actual
estrutura do Futsal do Benfica, sem grandes pormenores. O que nos
pode dizer sobre isto, uma vez que também André Lima teceu algumas
críticas?
JC: Num clube tão
grande como o Benfica é normal existirem sempre criticas e formas
diferentes de ver as coisas. Isso é saudável, pois o Benfica é um
clube democrático, onde as criticas construtivas são uma forma de
aprendizagem e evolução. As declarações do André e do Ricardinho
não são mais do que uma manifestação de amor pelo Clube, e
preocupação de querer ver sempre o seu clube a ganhar. Só isso.
CdA:
Falando agora do João como dirigente, e segundo alguns sócios, abandonou o Benfica duma maneira um pouco “estranha”, invocando razões
pessoais numa altura em que o Benfica teve um dos melhores anos de
sempre nas modalidades. Pode-nos esclarecer porque saiu?
JC: Não abandonei o
Clube de forma estranha e muito menos justifiquei ou invoquei razões
pessoais ou outras para a minha saída, pois nunca falei disso com
ninguém a não ser com o Senhor Presidente Luís Filipe Vieira. Saí
porque tinha de sair, saí porque o meu ciclo tinha-se fechado e a
vida é feita de ciclos. Saí eu e entraram outras pessoas que, com
certeza, servirão o Benfica com o mesmo brio e dedicação, com que
eu o fiz. Tudo dei de mim ao Benfica. Acertei algumas vezes e errei
outras , mas sempre querendo o bem do Clube do meu coração. Sei que
ajudei a aproximar os sócios e os adeptos das modalidades.
Preocupei-me por estar sempre presente e próximo dos sócios, de
sentir o seu pulsar e o seu amor pelo Clube. Tudo isso me marcou
muito e o carinho com que me trataram nunca será esquecido, pois
deu-me muita força nos momentos mais difíceis que passei no
Benfica.
CdA:
E sente confiança na gestão de Luís Filipe Vieira? O que acha
destes últimos 10 anos? Voltaria ao Benfica caso Vieira o
convidasse?
JC: Conhecer de
perto o Presidente Luís Filipe Vieira e trabalhar com ele quase 4
anos foi algo que muito me marcou. Quando se tem um líder à altura
do Luís Filipe Vieira, todos os nossos sonhos são realizáveis. É
um Homem sério e que consegue dinamizar, impulsionar e motivar todos
os que o rodeiam e trabalham com ele. Gosta de desafios e gosta de
ouvir a opinião de quem o rodeia. É um homem astuto e muito
inteligente. Dá tudo de si ao Benfica, não vira a cara à luta,
quando erra assume os seus erros e não procura o protagonismo que
muitas vezes lhe é devido quando vence.
Trouxe o Benfica
à estabilidade financeira, é sua a responsabilidade pela
credibilidade que o Benfica hoje tem no mundo dos negócios e das
finanças. Toda a gente tem os ordenados em dia, o clube tem um
estádio dos mais modernos e bonitos do mundo, tem dois pavilhões,
piscinas, um moderno centro de estagio, uma televisão, uma fundação
e vai ter um dos mais bonitos e modernos museus do mundo que
dignificará a historia do nosso Benfica.
Em suma, Luís
Filipe Vieira é um homem de sonhos, mas também de realidades.
Ficará para sempre na história do Benfica como um dos mais
importantes presidentes.
Se eu voltava ao
Benfica caso Luís Filipe Vieira me convidasse de novo? Claro que
sim! E nem pensava duas vezes. Para servir o Benfica estarei sempre
pronto. Se o meu telefone tocar hoje, amanhã estarei lá a trabalhar
e a servir o clube que tanto amo. Quero muito voltar ao Benfica e
estarei sempre disponível para voltar. Sei que um dia voltarei a
servir e a dar tudo de mim ao Benfica.
CdA: Mas houve alguém, na estrutura de Luís Filipe Vieira, com quem não se
identificasse?
JC: Não. Todas as
pessoas com que lidei no Benfica marcaram-me para toda a vida.
Colegas, Orgãos Sociais, profissionais da estrutura do Benfica,
atletas, treinadores, todos têm um lugar no meu coração. Uns mais
que outros, mas todos no meu coração.
CdA:
Vimos o seu antecessor, Fernando Tavares, em activa campanha nestas
eleições. Veremos algum dia o João Coutinho junto de uma lista
contra Luís Filipe Vieira?
JC: Nunca veremos o
João Coutinho junto de uma lista contra o Senhor Presidente Luis
Filipe Vieira. Não só pelo facto de eu ser uma pessoa fiel aos meus
princípios e aos meus amigos, mas acima de tudo porque não tenho
memória curta, e tendo trabalhado próximo de Luís Filipe Vieira,
sei bem a sua importância na gestão diária dos destinos do
Benfica, e sei que tendo resolvido os problemas bem graves do
passado, que poderiam ter levado ao fim do nosso clube, garantiu o
seu futuro. É um Homem serio, que ama o Benfica e terá sempre o meu
apoio.
CdA:
E Rui Costa? Muitos perguntam e nós também vamos perguntar. O que faz Rui Costa, no Benfica?
JC: O Rui Costa
foi outra das pessoas que me marcou no passado como atleta e muito me
marcou como amigo depois de o conhecer e ter trabalhado com ele. O
Rui é uma peça chave muito importante na gestão desportiva de todo
o futebol do Benfica. Membro da SAD, e pessoa muito próxima do nosso
presidente na definição e articulação da estratégia desportiva
do futebol. Figura ímpar do futebol mundial, o Benfica usa toda a
sua credibilidade na relação com os grandes clubes da Europa. É
uma referência da mística do nosso clube para todos os jogadores
que chegam ao Benfica. Tem feito um trabalho fantástico ao nível do
Scouting do futebol. É uma referencia do Clube e no meu entender
deve ficar para todo o sempre ligado ao Benfica, à imagem de outras
glorias.
CdA:
E o que acha de Domingos de Almeida Lima no cargo de Vice para as
Modalidades?
JC: Penso que é uma
pessoa com toda a capacidade para fazer um brilhante trabalho à
frente do pelouro das modalidades. Adorei trabalhar com ele, e ter
construído com ele uma grande amizade. Trata-se de uma pessoa muito
séria, com um grande carácter e personalidade, e também um grande
benfiquista. Desejo-lhe, e ele sabe bem, todo o sucesso do mundo, e
terá sempre todo o meu apoio incondicional.
CdA: Mas... e os 50 títulos nas modalidades... É possível, ou foi só campanha?
JC: Com a
estrutura que está criada na gestão desportiva e financeira das
modalidades, com o trabalho desenvolvido na formação das
modalidades, eu tenho a certeza de que é um objectivo possível e
ultrapassável. Aquando da minha saída, no início da época, só
faltavam 45 títulos, e tenho a certeza que nos próximos 4 anos a
meta será ultrapassada.
CdA: E muito se fala do sucesso das principais modalidades do Benfica, mas
existem algumas que não tiveram grandes resultados. Pode-nos dizer
quais as modalidades onde é mais complicado conseguir bons
resultados e o porquê de isso não ter acontecido?
JC: A época de
2011/2012 foi a época em que as modalidades do Benfica ganharam mais
títulos em toda a historia do Clube. Foi uma época brilhante a
todos os níveis .Não existem modalidades complicadas ,pois todas
elas têm a sua génese e o seu ADN . Para se ter sucesso em todas as
modalidades tem de se fazer um trabalho profundo desde a sua formação
de forma a que os jovens de hoje sejam os jogadores da equipa
principal do amanhã. Dessa forma, e tendo feito todo um trajecto no
Clube, sentirão a mística e a camisola do Benfica com maior
intensidade e paixão. Depois, é preciso não nos esquecermos que
somos condutores de homens no Clube, e que temos essa
responsabilidade social. Um atleta tem de ser entendido no seu todo,
como Homem e como Atleta, respeitar-se essas duas essências e
trabalhá-las em sintonia e nunca separadas. Nas modalidades do
Benfica trabalham diariamente grande profissionais e grandes seres
humanos, preocupando-se, desde os mais jovens até aos mais velhos,
em criar mecanismos para que o futuro das modalidades seja garantido
e sejamos quase auto-sustentáveis com a chamada 'prata da casa'. Se
em muitas delas ainda não se conseguiram os resultados esperados, a
culpa é de todos, mas também é importante frisar que o Projecto
das Modalidades tem 2 anos e há ainda um longo trabalho a percorrer.
Umas modalidades estão mais avançadas que outras, mas todas estão
no caminho certo, a trabalhar para o sucesso, sempre assente num
grande e profundo trabalho, a começar pelos escalões de formação.
É minha opinião que esta época desportiva de 2012/2013 iremos
alcançar títulos muito importantes em todas as modalidades,
quebrando o record de conquistas da época passada.
CdA:
Não acha melhor extinguir as modalidades mal-sucedidas para se poder
investir, por exemplo, no ciclismo?
JC: Pelo
contrário. O Benfica é o clube mais ecléctico de Portugal, e um
dos mais eclécticos do Mundo. Essa é a sua historia, e esse é o
seu compromisso para com o País e com o Mundo. O Benfica tem uma
responsabilidade social, e todos os dias praticam desporto no Benfica
milhares de jovens. Nunca se pensou em acabar com nenhuma modalidade
no nosso Clube. O Benfica é um clube tão democrático que, também
nesse aspecto , não se pode acabar com nenhuma modalidade no
Benfica, sem ser em Assembleia Geral de Sócios, e por maioria de
votos, de acordo com os estatutos do Clube.
O ciclismo é uma
modalidade muito especial, que eu, à semelhança da grande maioria
dos sócios e adeptos do nosso clube, gosto bastante, e gostava de
ver o Benfica voltar a ter essa modalidade, mas custa muito dinheiro,
obriga a uma equipa profissional muito complexa em termos de
organização e gestão da modalidade e neste momento nem o nosso
clube, nem o nosso País tem investidores para o Benfica poder ter
uma equipa digna dos pergaminhos do nosso clube.
CdA:
Falando na organização. O Liceo da Coruña (Hóquei) não
compareceu a uma final internacional, com o Benfica. O que aconteceu?
A equipa espanhola alguma vez foi sancionada? Acha que, no Hóquei,
a federação gosta de prejudicar o Benfica?
JC: Foi uma
grande vergonha e falta de respeito pelo Benfica, pela nossa
Federação e pela Federação Internacional. Os clubes espanhóis, e
a Federação Espanhola de Hóquei em Patins, habituaram-se durante
anos a pôr e dispor das instâncias do Hóquei em Patins, fruto da
força dos clubes espanhóis e dos títulos conquistados por esses
clubes. O que é certo é que toda uma cidade e toda uma organização
se mobilizou para a organização da Taça Intercontinental de Hóquei
em Patins. A Câmara Municipal e o clube Juventude de Viana tiveram
uma grande despesa na divulgação do evento, vieram árbitros de
Itália, o Benfica deslocou-se de Lisboa, esteve dois dias no hotel,
eu acompanhei a equipa e vivi bem de perto todos os acontecimentos. O
que é certo é que num profundo acto de falta de respeito por todos
estes agentes envolvidos no evento, o Liceo da Corunha, apoiado pela
Federação Espanhola, decidiu não aparecer, pensando que nada lhes
ia acontecer e que tudo iria voltar à estaca zero, e que a Federação
Internacional iria repetir o evento, sendo o mesmo disputado a duas
mãos como era vontade dos espanhóis. Até à ultima da hora,
fizeram segredo sobre a sua vinda ao jogo ou não. Lembro-me que no
estágio, eu e a equipa técnica fizemos um grande esforço para
afastar da cabeça dos jogadores este clima de indefinição. Sei que
no dia do jogo entrámos em campo, cumprimos os 30 minutos da lei
devidamente equipados, entregamos a ficha do jogo, os árbitros
também cumpriram com as formalidades da lei de jogo e findos os 30
minutos, o jogo foi dado por concluído e a vitória por falta de
comparência foi atribuída ao nosso clube. A Federação Portuguesa,
presente, emitiu um comunicado logo nesse dia, repudiando o acto do
Liceo da Corunha, e eu próprio também proferi declarações,
repudiando tudo o que havia acontecido, e que era uma situação
muito má para a modalidade. Como o pavilhão estava cheio de
benfiquistas, cerca de 1000 pessoas com bilhete comprado, decidimos
organizar um jogo entre os nossos jogadores, que achamos ser a melhor
forma de presentear os presentes que nos foram apoiar uma vez mais.
Seguiram-se, nos
meses seguintes, os procedimentos legais, ouviram-se todas as partes
e foi dada razão ao Benfica no que diz respeito à homologação do
troféu em nosso favor, o primeiro da nossa história e o Liceo da
Corunha foi penalizado com um ano de suspensão das competições
europeias, que cumprirá na próxima época, e com uma multa muito
pesada de forma a custear todas as despesas da organização do
evento. Quero aqui deixar bem claro o grande apoio que a nossa
Federação nos deu, mantendo-se sempre do nosso lado e lutando, de
igual para connosco, na defesa dos nosso direitos e prestigiando a
modalidade, por isso não concordo com a afirmação da Federação
nos prejudicar. No passado isso era uma realidade, mas no presente e
depois do grande trabalho feito pelos responsáveis pela nossa secção
de hóquei em patins, levando o Benfica de novo a títulos e fazendo
um trabalho transversal de prestigio da modalidade e de divulgação
da mesma, a própria federação começou de novo a olhar para o
Benfica com o respeito que um clube da nossa envergadura merece.
Muitos dos maus dirigentes que existiam na Federação desapareceram,
e de momento estão nas Federações as pessoas certas para conduzir
o destino, tanto da Federação como da modalidade.
CdA:
No Andebol, a saída de Alexandre Donner, segundo consta, foi envolta
em polémica. Pode-nos dizer quais foram os verdadeiros motivos para
a sua saída?
JC: A saída do
Senhor Donner não foi um acto polémico como sempre se quis fazer
passar. Simplesmente fechou-se um ciclo do seu trabalho no Benfica e
foram ponderados todos os pressupostos sobre a sua continuidade,
achando-se por bem abrir um novo ciclo no andebol do Benfica, com uma
profunda ligação entre os escalões de formação e a equipa sénior
do Clube e o que é certo é que hoje, passados quase 4 anos desde
essa mudança, a modalidade conseguiu ter já uma referencia ao nível
do trabalho de formação e cada ano se tem conseguido aproveitar,
fruto desse trabalho, cada vez mais jovens na equipa sénior,
garantido a sustentabilidade da modalidade em termos de futuro.
CdA:
No Basquetebol, o Benfica cresceu muito com Carlos Lisboa. Acha que o
facto de ele ter um cargo administrativo nas modalidades, dá alguma
vantagem à equipa treinada por ele? Como o vê num papel de
director?
JC: Foi para mim
motivo de grande orgulho encontrar como Director Geral das
Modalidades do Benfica, e meu braço direito, o Carlos Lisboa. A
minha admiração por Carlos Lisboa como atleta, com quem vibrei na
minha juventude, cresceu muito, depois de o conhecer e passar quase 4
anos a trabalhar junto dele. O Carlos é um enorme ser humano, com
qualidades humanas e profissionais muito acima do normal, quando
falamos de ex-atletas de alta competição. O Carlos, além de ter
sido um grande profissional ao nível do Basket, é uma pessoa
inteligente, educada, organizada e muito profissional. Depois respira
Benfica em tudo na sua vida. Já era, na altura, um líder dentro de
campo, não se importando de assumir as responsabilidades em todos os
momentos, e agora como Director Geral das Modalidades continua líder
e a assumir as responsabilidades na perfeição, com rigor e brio
profissional. Tudo o que foi como atleta é hoje como dirigente e
isso é, para mim, uma enorme mais valia. Fui dos que o apoiei e
desafiei para assumir o comando técnico da nossa equipa e muito me
orgulho disso, pois sei que o Benfica saiu muito a ganhar com isso.
Muito se especulou sobre essa escolha, muito se pôs em causa sobre a
sua capacidade de ter sucesso, mas agora todos reconhecem que foi a
escolha certa no momento certo. Sei que o Benfica muito ganhou e vai
ganhar com isso. A forma apaixonada com que vive o Basquetebol, o
facto de amar o Benfica, o facto de ter do seu lado o Nuno e o Goran,
com quem tem uma relação de cumplicidade e respeito, e o facto de
ter sido uma figura ímpar no Basquetebol nacional e mundial, são a
fórmula para o seu sucesso e para o sucesso do Benfica.
O Carlos Lisboa é
um grande dirigente, o Carlos é um grande treinador e não é o
dinheiro nem o protagonismo que o movem, mas sim o seu grande amor
pelo Benfica. Foi das pessoas que mais me marcou na minha passagem
pelo Clube, e sei que no seu coração está também uma enorme
amizade por mim. Lembro-me com emoção do que dissemos um ao outro
no dia em que fomos campeões nacionais no Dragão Caixa…
CdA: E
disseram...
JC: Foi
algo que ficará para sempre nos nossos corações, para toda a vida,
e que é só entre nós.
CdA:
Nesse jogo houve alguns
problemas com as claques Portistas. Alguma vez teve
problemas com as claques do Benfica? O que pensa sobre elas?
JC: Nunca tive
problemas com as claques do Benfica, bem pelo contrário, pois sempre
me deram um apoio muito importante nos momentos bons e maus. Sempre
me deram força e penso que são uma referência fundamental do nosso
clube. Não vejo o Benfica sem as suas claques, pois acompanham-nos
no sacrifício das suas vidas para todo o lado. Ao frio e à chuva,
enfrentado riscos, mas sempre demonstrando um enorme amor pelo
Benfica. São para mim fundamentais, e terão sempre um lugar no
Benfica. EU próprio recordo com emoção e saudade os meus tempos
nos DIABOS VERMELHOS.
CdA:
Uma faceta desconhecida do João... E quais são os seus
hobbys actuais? O que pretende fazer de futuro?
JC: Os meus
hobbys são o cinema e a música . Adoro ler e escrever poesia. Gosto
de viajar com a minha família, por Portugal em especial e pelo Mundo
em geral. Adoro cozinhar, uma recente paixão esta, mas que estou a
adorar. Projectos para o futuro são muitos, pois sou um sonhador, um
empreendedor e estou sempre a magicar coisas na minha cabeça e a
envolver-me em causas e projectos. Não escondo que gostava muito de
voltar ao Benfica.
31 comentários:
Como sempre, um Senhor. Forte e sentido abraço, João.
Vitto, parabéns. Faltava conhecerem este Senhor e o que é o projecto-modalidades. Entrevista esclarecedora, sobretudo para os que colocam os dedos no teclado com profundo desconhecimento de causa, mas não hesitam a colocar em causa todo um projecto, como aconteceu aqui num passado recente. Excelente, Vitto.
Grande entrevista.
Aposto que não vai ter muito eco junto de uma certa 'Gloriosasfera' ou deverei dizer 'Resingosfera'?
Parabéns ao Vitto!!! És o maior caraças... e não estou a brincar.
Muitos parabéns, novamente. És um jornalista, ou caminhas para tal.
João Coutinho, um abraço benfiquista.
E não deixo de notas que a crítica ao Presidente tem sido muito positiva. Apesar de não concordar com algumas coisas, fico contente por isto.
E bom que se tenha em mente que nao faltavam 45 coisa nenhuma.o vieira promwtwu 50 neate mandato e ate agora a equipa de basket venceu dois.
Pronto.e o atletismo tambem foi agora campeao.faltam 47.
E o kickboxing não venceu?
Grande entrevista! Parabéns
46, portanto. E no atletismo, em quantas modalidades vencemos? Já que vêem de calculadora na mão, sejam rigorosos. A memória falha, a calculadora não.
Não acho de bom tom fazer-se comentários anónimos nesta entrevista. As coisas são ditas com frontalidade, espera-se o mesmo de quem quer refutar. Vou deixar aqueles dois comentários, porque me esqueci de desactivar, mas não aceito mais comentários de anónimos neste post.
Ao anónimo das 16.35, que pelos vistos não sabe contar, relembro que as principais modalidades de pavilhão (basket, volei, andebol, futsal e hóquei) venceram esta época as respectivas supertaças.
Entretanto, já se ganharam mais títulos. Logo, a sua teoria e azia caem por terra.
Conforme é do conhecimento de todos, o Benfica, no inicio de presente época desportiva, venceu as cinco supertaças em cinco modalidades diferentes, razão pela qual o ex dirigente João Coutinho referiu faltarem 45 títulos!
Ora, há adeptos que desejam não contabilizar tais títulos, por entenderem que os 50 títulos só devem ser contabilizados a partir das eleições, apesar das épocas desportivas iniciarem-se antes da realização das eleições.
Sendo assim impõem-se duas questões:
1º - Em caso de vitórias ou títulos no fim da época desportiva nas modalidades importantes, tais títulos devem ser contabilizados nos 50 títulos, ou são fruto da gestão anterior do Vieira e por isso excluídos?
2º - Irão contabilizar como títulos, o título de campeão europeu de juniores do atletismo do Benfica, a conquista da taça da AF de Lisboa em futsal feminino, o título de campeão mundial do Bruno Torres em Kickboxing, ou tais modalidades e títulos não deverão ser contabilizados por forma a possuírem mais uma meta não cumprida no presente mandato?
Aguardo respostas, porque desejo saber o que deve ser contabilizado ou não para os tão propalados 50 títulos?
AHHHH... quanto à entrevista, parabéns Vitto!
Muitos Parabéns por mais uma excelente entrevista a uma personalidade ligada ao Mundo Benfica. Já há algum tempo que acompanho este blogue e ele é muitas vezes uma lufada de ar fresco na nossa gloriosasfera, viajando entre a costela de adepto, um racional irracional, e a de jornalista que explora o mundo futebolístico de forma assertiva!
Esqueceu-se da supertaça rugby feminino, Menino Rebelde. ;-)
Como diz o João Coutinho, esse número até é ultrapassável. Quem vive no bota-abaixo permanente, que faça as contas que quiser, inclua e omita o que entender. O palmarés do Benfica vai sempre continuar a crescer.
Para a besta anónima que aproveitou a distracção do Vitto para vir aqui baralhar-se com as contras, Supertaça e Taça só contam se forem ganhos pelo gajo que lhes paga as tintas, os ovos e os petardos!!! Se forem pelo Glorioso não contam.
good work Vitto vou ler isto
é bem é bem ;)
Bela entrevista. Obrigado Vitto e J.Coutinho pelo seu excelente trabalho no Benfica!
P.S:Não acho que esteja a ser feito um bom trabalho na formação do Benfica no que toca ao andebol...
Grande Vitto, obrigado. João Coutinho é um SENHOR! Aqui um off topic: Mais um sérvio?! http://www.maisfutebol.iol.pt/benfica/djuricic-benfica-heerenveen-maisfutebol/1420316-1456.html
Parece-me ter grande potencial, ou será para Matic se sentir mais em casa ainda?!
http://www.vi.nl/nieuws/236085/Djuricic-tekent-contract-voor-vijf-seizoenen-bij-Benfica.htm
Ainda dizem que A Bola é o jornal do Benfica. Bastou o Godinho dizer que gostaria de ter o Jesus como treinador para que A Bola meta as intervenções do Jesus na secção Sporting.
http://abola.pt/nnh/ver.aspx?id=383042
Ja corrigiram o erro.
Noto que João Coutinho chama de grandes Benfiquistas ao Rui Costa e ao Carlos Lisboa mas não o diz em relação ao Presidente.
A entrevista foi em resposta escrita a perguntas prévias ou foi cara a cara?
Se foi cara a cara e não conseguiste uma polémicazinha que fosse, Vitto, aprende mais um bocadinho de jornalismo!
"JC: Nunca veremos o João Coutinho junto de uma lista contra o Senhor Presidente Luis Filipe Vieira. Não só pelo facto de eu ser uma pessoa fiel aos meus princípios e aos meus amigos, mas acima de tudo porque não tenho memória curta, e tendo trabalhado próximo de Luís Filipe Vieira, sei bem a sua importância na gestão diária dos destinos do Benfica, e sei que tendo resolvido os problemas bem graves do passado, que poderiam ter levado ao fim do nosso clube, garantiu o seu futuro. É um Homem serio, que ama o Benfica e terá sempre o meu apoio."
Lês bem, ou queres uns óculos Lawrence?! Sempre a marrar, só por marrar com o presidente. Um dia destes ainda te rebenta um dos teus petardos no Cú.
Ó Ricardo:
Não te conheço mas se calhar o teu pai marra mais e melhor!
Petardos? podes ir tu e mais esses dos petardos para o caralho, tá bem?
Palhaço tarefeiro!
O teu analfabetismo não te deixa. Põe as cangas e faz-te á vida.
Deves ser o dono aqui do tasco para andares aí feito "fiscal de obras".
Humor, deve ser coisa que te faz azia pelo que tenho visto por aí.
Outra coisa que também não deves saber é que o Glorioso foi, é e talvez continue a ser, se gajos como tu não tomarem conta dele, um Clube democrático, onde, por haver ideias diferentes, já fazia eleições no tempo do Salazar.
Ou és daqueles que acham que não deve haver eleições no Clube?
Nem no Clube nem em lado nenhum?
Outra coisa que até um analfabeto sabe é que quando alguém se dirige a outra pessoa que não tu, não te metas!
É feio!
Já há muito tempo que comento o Vitto com humor e, se ele não gostar, basta dizer!
Porque não crias um blogue e te fazes à vida também?
Em vez de andares a "meter ovos" nos ninhos dos outros?
Chulo calão!
Tudo isto, porque não sabes ler. Venho aqui porque há LIBERDADE DE EXPRESSÃO e DEMOCRACIA! Ou és Burro com pouca capacidade de interpretação ou és mesmo Analfabeto. Dizer que João Coutinho não menciona LFV na entrevista e o quanto este gosta e se dedica ao Benfica, é má fé e reles humor.
Por falar em blogs. Continua, pode ser que aumentes a média de comentários aos posts de 1 para 2.
Há, mas parece que não gostas!
Por ti era só carneirada a cantar loas ao Presidente!
Ao bom estilo salazarento ou leninento!
Analfabeto?
Na verdade, fiz a 4ª classe e tive que ir trabalhar para ajudar a casa.
E tu?
Alguém manda uma "boca" e aquidelrei que deve ir marrar não sei para onde!
E continuo a dizer, o meu comentário dirigia-se ao Vitto e não a um pide!
Um comentário ou nenhum, são as minhas opiniões escritas num lugar que partilho!
Já tu andas com a tenda às costas de blogue em blogue a ver quem te atura!Ou talvez também tenhas mas não assumes!
Eu uso sempre o mesmo nome em todo o lado!
E tu?
E agora, desculpa que tenho que ir tentar ver o meu Clube!
Já gastei demasiada cera com tão reles defunto!
E, evita comentários aos meus porque nunca antes me dirigi a ti nem quero perder tempo com isso ok?
Continuas Analfabeto! Carneirada a louvar o Presidente?! No teu caso é analfabetismo puro, nao sabes ler! Votei Vieira e se nada se alterar continuarei a fazê-lo, mas não é isso que esta em causa, é simplesmente, repito, PURO ANALFABETISMO. Ou será o facto de pertenceres aos 10%, mais conhecidos pela BRIGADA DO PETARDO?!!
Eh Ricardo começo a achar que tens mesmo espirito PIDE. O Benfica ganha em Leverkusen e falas do Ricardo do Ontem. Eu digo que aprecio os textos do Ricardo do Ontem cais-me em cima. Agora cais em cima do Lawrence.
Começo a pensar que tens mesmo um problema com as opiniões diferentes (fazes juz ao bom nome do Vieira, continua).
"Por falar em blogs. Continua, pode ser que aumentes a média de comentários aos posts de 1 para 2."
O mesmo incentivo deves da-lo a ti mesmo!
P.S.: em modo "meter achas para a fogueira" para aparecer na lista dos mais chatos de sempre.
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