Ranalda

Hoje, o diário do Nuno Luz já não constou de cantorias e de trolls do João Pereira, que virou agora as suas atenções para o Miguel Lopes, deixando Patrício em paz.

Parece que a Federação tem lá um gajo só para pedir autógrafos aos jogadores, um pouco como fazia o Daniel Oliveira antes de ser oculista na SIC. Esse gajo, o dos autógrafos, até se veio quando o Ronaldo lhe agradeceu um agradecimento, e depois foi descarregar a fúria no Patrício, dizendo-lhe "Faz alguma coisa", o que achei delicioso.

No fim do treino, as bancadas estavam cheias de crianças com necessidades especiais, polacas e alguns tugas. Foi engraçado ver as polacas a gritar "Ranalda, Ranalda". Era engraçado aparecer mesmo lá a irmã do craque, mas era mesmo o Reinaldo, que deu autógrafos e posou para as fotos enquanto se ouviam gritos lamuriosos, a pedir qualquer coisa que não se sabe bem o quê. É um aproximar ao Apocalipse, isto das vozes a gemer de dor, vindas de todo o lado, a chamar por Ronaldo. E deu na SIC.  Quando o Ronaldo se foi embora, foi a vez de toda a gente chamar pelo Pepe. Parece que resultou bem a fama de caceteiro no-mercy, é que assim até os polacos sabem o nome dele. Depois foi a vez de Nani, mas o pessoal viu passar o Veloso de costas e começaram a chamar pelo Ronaldo novamente, confundidos pelo penteado. Só quando Bruno Alves se aproximou dos polacos é que começaram a chamar "Nani, Nani", mas quando perceberam quem era, tiraram as coisas para autografar e foram embora.

Entretanto, o Ronaldo volta a fazer o risquinho manhoso, para que ninguém o confunda com o Veloso.

Uma consideração. Nos anos anteriores levamos com especiais do Daniel Oliveira e do Nuno Luz a toda a hora, e isso, quer se queira, quer não, leva a que nos sintamos mais próximos dos jogadores. Desta vez não houve nada disso, e a seleção foi ganhando a afinidade com as pessoas através das exibições, como em 2004. Podemos não passar das meias, mas estes gajos até a mim me convenceram, e por isso estão de parabéns.

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