Na temporada 95/96, os Roten Teufel (Diabos Vermelhos) regressaram às ruas da amargura, descendo de divisão após uma verdadeira hecatombe na segunda metade do campeonato. Nesse ano, Otto Rehhagel é contratado por Beckenbauer para treinar um Bayern destroçado (tinha terminado em 7º na época transacta), e consegue fazer uma boa temporada, sendo despedido antes de disputar a final da Taça Uefa, por pressão de Klinsmann e Matthaus.
Com a queda do Kaiserslautern e a rescisão do Bayern com Rehhagel, cria-se uma nova equipa, cheia de garra e ambição, pronta para regressar ao escalão máximo do futebol germânico. Rehhagel pega na equipa e mantêm os defesas veteranos Andreas Brehme, Roger Lutz, Axel Roos e Miroslav Kadlec, vencedores do título em 91, e vai buscar algumas jovens promessas como Ojigwe, Ratinho ou Harry Koch. Com a ajuda da restante equipa que desceu de divisão, conseguiu mobilizar o grupo e fazer uma época de sucesso, conseguindo assim a promoção para a 1.Bundesliga .
E eis-nos na temporada mítica do futebol Alemão. Kaiserslautern acaba de subir e contrata mais alguns jogadores sonantes como o guarda redes Kouba, o central Hrutka, a estrela búlgara Hirstov, a revelação Andreas Buck e consegue o regresso do Suiço Ciriaco Sforza, após o ter "roubado" ao Kaiserslautern para jogar no Bayern.
Foi uma temporada de loucos, com um início promissor mas com algum desgaste por parte dos muitos veteranos que compunham a equipa. Uma fantástica promoção do júnior Ballack a meio da época, foi a injecção de energia para que a equipa depressa chegasse ao primeiro lugar, alternando todo o restante campeonato com o Bayern para conseguirem vencer a liga com 68 pontos (Bayern 66).
Venceram metade dos seus jogos para lá do minuto 85, muito graças à grande forma que Olaf Marschall demonstrava, ficando com menos 1 golo que o maior artilheiro da prova, Ulf Kirsten do B. Leverkusen.
Uma temporada brilhante de uma equipa que voltou a mostrar ao mundo a garra germânica, numa altura em que se começavam a retirar os grandes arquitectos do Campeonato do Mundo 90. como Klinsmann, Matthaus, Kohler, Voller, Riedle ou Kopke.
Na época seguinte, após algumas contratações como Miroslav Klose, Djorkaeff, Mario Basler Rehhagel acabou por se demitir, para ir treinar a selecção Grega, sendo campeão da Europa da forma como todos nós sabemos.
Plantel. Não... Não é o Benfica dos anos 80, é mesmo uma equipa do final dos anos 90, quando todos vocês já eram nascidos. De fora ficam suplentes importantes que ajudaram na obtenção do título (umas espécies de Mantorras e Carlos Martins). A saber: os já citados Kouba (melhor guarda redes do mundo em 96), Hrutka (um dos melhores defesa da Europa naqueles tempos, estrela do Ferencvaros e da selecção Húngara), Ratinho e o nigeriano Pascal Ojigwe. De fora ficaram também o seguríssimo dinamarquês Schjonberg, o promissor Martin Wagner, Thomas Riedl e o "Weldon" lá do sítio, Jurgen Rische.
Fiquem com os golos do último jogo que garantiu o título aos Diabos Vermelhos alemães e consequentes festejos...
14 comentários:
só me lembro do brehme como lateral esquerdo e nunca como lateral direito, de resto confesso que poucos gajos conheço, com excepção do kadlec, do sforza, do jovem ballack e do pavel kuka, nem nunca tomei muita atenção a essa equipa, mas o campeonato alemão nunca foi o meu cup of tea. Tenho uma sugestão, o grande Nápoles
o Brehman está como lateral esquerdo. Pelo menos é essa a intenção. (nunca fui muito bom nisto das esquerdas num monitor).
Não farão cair a esquerda!
Não me lembro de ninguém, mas no ano a seguir jogaram contra o Benfica na fase de grupos de Champions...e perdemos.
Olaf Marshall foi o único jogador dos anos 70 a jogar nos anos 90. Aliás, aquele look nos anos 70 era considerado "extravagante". Já agora... Kuka com um mullet de fazer inveja ate ao macgyver.
Não sei se terá havido algum exemplo destes em França, mas penso ter sido a ultima equipa dos grandes campeonato a ser campeão logo a seguir à subida de divisão.
Na epoca seguinte despacharam o SLB do grande xonas (0-1 lá e 2-1 cá) e ainda estou para saber como é que o Ballack se conseguiu esquivar à marcação do Thomas. Esta equipa já contava com egipcios e o catano, bem como essa grande estrela dos 90's... Uwe Rosler!!! Já agora, se não estou em erro, o Sforza a dada altura da sua carreira deu uma de Mathaus/Sammer/Thon/Gullit e desceu de nº 10 para libero, naquela tactica de 3 centrais que só os alemães dominavam.
Abraço
Putas de caras, grandes cabelos e belos bigodes.
Lembro-me de alguns.
constantino:
eu já só me lembro do Sforza jogar a trinco! :)
Sim, o Sforza jogou quase sempre a médio defensivo, mas também era organizador de jogo (uma espécie de Witsel, vá).
até tinham lá um axel rose (parecido no nome...)
vitto, quando surgiu novinho, na selecção suiça e acho que foi no grasshopers ou no xamax, o sforza era 2.º avançado, o novo prodígio suiço
Bcool973 eu estou a dizer no Kaiserslautern. Ele no Inter tb jogou a médio ofensivo e foi recambiado. O seu sucesso foi atingido no Kaisers, como médio defensivo/organizador, sendo considerado o melhor naquela posição na bundesliga por mais que uma vez.
ok, ok
O primeiro atropelamento do queiros na selecção foi às mãos do trio de quatro Sforza, Sutter, Chapuisat, Knup. E estes gajos ainda tinham um central Dominique Herr que só o nome metia medo e a cabeça dele dava para guardar o joao pereira lá dentro. Na verdade, tinham todos grande fama, mas fora da suiça so o Chapuisat e o Sforza é que se safaram. O Sutter quando deu por ele andava aos trambolhoes nos estados unidos a levar cuecas de gajos da costa rica e do canada.
Abraço
Épica a subida para serem campeões.
Fodasse, já lá vai a época dos grandes cabelos ... :/
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