Domingo vou à luz. Recordo com saudade os jogos de dia, nomeadamente os que se disputavam nos pelados do Grande Porto, entre os Unidos e o Fluminense, ou entre o Cerco e o Vitória. Era simples - depois do almoço de sábado, lá ia com o meu velhote, até ao Mar Navega (Desportivo de Portugal) ou até à Ferraria (Sport de Rio Tinto) ver algo muito parecido com futebol, mas que não sendo outra coisa, também não era um jogo de futebol.
Gosto, até por isso, da ideia de ver um jogo à tarde, com a CATEDRAL cheia.
E em silêncio, pois claro.
Mas apenas e só por um minuto.
Nos últimos tempos, nos estádios, é normal, durante os 60 segundos de saudade e memória de alguém que partiu, um coro de aplausos ecoar da bancada.
Confesso que não é prática que me agrade porque é muito mais sentido o silêncio e a reflexão - quem sabe até a oração - do que o banal aplauso.
Eusébio merece a energia desses 60 segundos que a multiplicar no coração de 60 mil vermelhos dá qualquer coisa como 3 milhões e 600 mil segundos - uma energia imensa para uma equipa que só pode fazer uma coisa: honrar a camisola!
2 comentários:
Também prefiro silêncio nestas homenagens.
Não terei problema nenhum em pedir às pessoas ao meu lado para respeitarem a vontade da família, caso estejam a bater palmas...
Como portista, um abraço de homenagem a Eusébio e ao Benfica. Curiosamente, hoje em dia treino num clube de futebol amador chamado Juventude da Portelinha, treinado até à época passada pelo actual treinador do Desportivo de Portugal, o tal do Estádio Rui Navega.
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