Quando, a nível desportivo, olho
para o ano de 2013 imediatamente me recordo dos grandes jogos da época passada,
aqueles que nos permitiram chegar à final nas 3 frentes em que nos
encontrávamos. Lembro-me do jogo com o Fenerbhace na Luz, que nos colocou na
final da UEL. Recordo o jogo na Madeira que nos permitiu ficar dependentes de
nós próprios para sermos campeões, apenas tínhamos que vencer os dois últimos
jogos em casa, sem estarmos preocupados com a viagem ao Norte. E dos jogos em
que dizimámos os adversários e em que asseguramos o acesso à Final da Taça de
Portugal. Tínhamos todas as condições reunidas para que fosse uma época de
sonho. Estivemos tão perto de conquistar tudo. Estivemos a um pequenino passo e
acabámos por morrer na praia… Frustrante!
Que destaques faço do ano?
Naturalmente, não posso apenas destacar figuras do futebol. O Benfica são todas
as modalidades e são elas que ainda vão escrevendo História e colocando troféus
na obra do ano, Museu Cosme Damião.
Pela negativa, sou obrigada a
frisar Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus.
Na verdade, admiro o trabalho que
LFVieira fez à frente do SLBenfica, em conjunto com Manuel Vilarinho tirou-nos
dos tempos negros deixados por Vale e Azevedo. Voltou a colocar-nos no topo,
voltámos a ser campeões, as nossas modalidades voltaram aos títulos. Mas, como
todos os ciclos da vida, também o de LFVieira tem um fim. É verdade que não há soluções assim tão
credíveis, mas chega de Vieirismo, chega de discursos bonitos. Temos museu,
temos a Nossa Catedral, temos o melhor plantel dos últimos 30 anos, e títulos?
O Benfica transformou-se num negócio de compra/venda de jogadores.
Quanto a Jorge Jesus. O
treinador que no Benfica ganhou 1 campeonato e 3 Taças da Liga, é o 11º treinador
mais bem pago do Mundo, tem o plantel mais caro dos últimos 30 anos e não ganha
títulos. O treinador que fez no Dragão a maior figura de derrotado, não
obstante, ainda goza com a cara dos adeptos e com os valores do clube em cada
conferência de imprensa que dá. “Só falta ganhar. Estivemos quase…”, a História
do Benfica é feita de títulos, de conquistas, de vitórias. No
futuro ninguém se vai lembrar dos que estiveram ‘quase’, dos que ficaram em
‘segundo’. A História honra os que venceram.
Pela positiva, o meu maior
destaque vai para a secção de Hóquei em Patins do SLBenfica.
É verdade que não fizemos o
melhor percurso no Campeonato Nacional e fomos perdê-lo em casa do nosso maior
rival. É verdade que não conseguimos chegar à final4 da Taça de Portugal e que
na decorrente época a prestação no Campeonato não tem sido ‘à Campeão Europeu’.
Mas, também é verdade, que vencemos a Liga Europeia em casa do rival, uma
semana depois de termos feito lá o nosso pior jogo no Campeonato.
Recordando esse maravilhoso
fim-de-semana, que começou com a conquista do Campeonato Nacional de Juniores,
em futebol, frente ao FCPorto, no Olival. Equipa que também mereço o meu
destaque. Relembrando a Final4 do Hóquei: Sofremos diante do Barcelona na meia
final mas houve um Carlitos Lopez que a 18seg do fim mandou o jogo para
penaltys. Depois houve um Pedro Henriques que defendeu 4/5 penaltys. Estávamos
na final. No derradeiro jogo, sem o apoio dos adeptos na primeira parte,
corremos atrás do prejuízo. Na segunda parte andámos sempre por cima do
resultado e, a 5min do fim, Reinaldo Ventura empatou e enviou o jogo para
prolongamento. Não passaram 2min, quando Diogo Rafael stickou do meio campo
para o golo de João Rodrigues. Campeões da Europa!
Daí surgiram mais dois títulos
que, avaliando os resultados, foram relativamente fáceis de conquistar. Já com
novo mister e com a equipa renovada, veio a Supertaça Europeia e Taça
Intercontinental, ambas já constam no Museu. Donos da Europa e do Mundo. Em 4
anos conquistámos tudo no Hóquei em Patins, notável!
E, porque a secção não se resume
aos seniores, na formação os juniores sagraram-se bi campeões Nacionais e os
juvenis campeões Nacionais. Quatro juvenis foram pilares fundamentais na conquista
do Europeu sub17 e, ainda no capitulo selecção, outros quatro Juniores foram à
Colombia resgatar o Campeonato do Mundo. Com o melhor jogador do Mundial a ser
o benfiquista Diogo Neves. No feminino: Campeonato Nacional, Supertaça e
Torneio de Abertura foram as conquistas deste ano.
Nas modalidades, destaco também
os títulos nacionais alcançados pelo Voleibol e Basquetebol.
Já no capítulo individual, faço
referência a duas figuras do futebol: Enzo Perez e Matic. Brilharam e fizeram a
equipa brilhar. Esforçaram-se ao máximo e mostraram que verdadeiramente são
Benfiquistas de coração. Talvez esteja a ser injusta quando deixo Garay,
Salvio, Cardozo e tantos outros, mas os dois que referi, para mim,
destacaram-se.
Ah, faltou-me referir a saída do
‘nosso’ Pablo Aimar. Que saudades da sua classe, da sua magia, da sua entrega,
do seu toque de bola, do seu brilhantismo…
Para finalizar, anseio que 2014
seja, de vez, o ano do trigésimo terceiro, porque o Benfica nasceu de
conquistas. Passam os dirigentes, passam os treinadores e passam os jogadores,
permanece o nosso emblema, a nossa crença e os valores deixados por Cosme
Damião em 1904.
8 comentários:
LIS
FLOP
BIEIRA
Viva o S.L.B.!!
Viva Cosme Damião!
Excelente comentário!
Minha cara Dina para si e para todos nós os meus votos (e desejos)
BOM e GLORIOSO ANO
Apenas uma correcção: quem foi campeão no Olival foram os juvenis e não os juniores. De resto, estou de acordo com tudo!
Bom ano e saudações Benfiquistas!
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