Como ando por aí nos relatos domingueiros, tenho feito um diário, mas não o mostrei a ninguém, até porque já nem sei o que foi real ou ficção. Ficam aqui 3 passagens.
Estou em Barcelos, numa terra chamada Galegos,
onde foi criado o Galo de Barcelos. Ao vir para cá, percebi que não ficaria imune a
tão temíveis criadores de artesanato chunga, por isso trouxe comigo uma marreta,
caso me apresentassem galos pintados. Ainda por cima acreditavam que um frango
pode ressuscitar, por isso trouxe também uma fotografia do Rui Patrício comigo,
não fossem eles ter razão. O jogo, bem, o Ninense perdeu, e eu fiz a minha
primeira reportagem em campo, tipo Nuno Luz, mas sem ser paneleiro, ou seja,
foi uma reportagem de merda. Mas eis que chegou o momento da tarde. Enquanto
entrevistava o treinador, deparei-me com duas fotos gigantes no estádio do
Galegos, uma de Nélson Oliveira e outra de Hugo Vieira. Foram formados aqui. Só por isso já valeu a viagem, com uma estreia
acolhedora.
Quando fui a Fafe, pensei logo em Rui Costa, então levei o
meu fato-de-treino do Benfica, e como estava frio ainda catrafei um kispo
vermelho ao lombo, duas bandeiras, sapatilhas vermelhas e uma máquina
fotográfica. Quando me abriram a porta, lá no estádio, ficaram estarrecidos, e
eu perguntei logo onde é que estava o santuário ao Rui Costa. Não sei como
contive a minha fúria, ao ouvir um sonoro ‘não temos’, e ainda me disse outro
‘não temos’ quando perguntei se não tinham sequer uma estátua ao Maestro,
deixando-me perto de realizar justiça de fafe no estádio do fafe. Mas lá fui
fazer o meu trabalho, e o Ninense perdeu novamente, e jogou mal p’ra caralho.
No final do jogo disse lá aos amigos de Fafe que era melhor terem qualquer
coisa em homenagem ao Maestro da próxima vez que eu lá for, senão vamos ter
problemas.
Euzinho a vir de Fafe |
Esta foi a estreia para a Taça de Portugal, e fui a Santa
Eulália, que fica em Vizela, onde o Porto se viu fodido para ganhar o ano
passado, também para a Taça. Ainda cheirava a peidos do Pinto da Costa, na
bancada presidencial do estádio, e a mulher da limpeza queixou-se também que no
balneário dos visitantes ainda cheira a merda porque o izmailov cagou-se ao
intervalo, enquanto no balneário dos árbitros ainda cheirava a puta. O Ninense
perdeu, mas jogou bem. O Santa Eulália tinha um jogador de 100kgs, que me fez
lembrar o Bruno César, e comecei a espumar-me da boca, o que causou preocupação
por parte dos dirigentes da casa, que achavam que eu tinha contraído algum
vírus deixado pelo peidoso. Depois fiquei fixe e bazei. Agora estou aqui a escrever, 10kms depois do estádio, algures numa mata, onde parei para ler o jornal, e acho que estou a ver ali o izmailov enterrado ao pé de um pinheiro. Tem um joelho de fora e diz 'recauchutagem portuense'.
Euzinho a vir de Vizela, ainda de máscara, e a encontrar o izmailov pelo caminho |
Tenho muito mais para contar, mas, caso tenham apreciado, ficará para uma próxima vez... ou o caralho.
7 comentários:
Es um artista.Ass.Pai do Toze aka Rui aka nem sequer é esse o meu nome lol
Estás enganado, o cadáver que viste enterrado era do saudoso Rui Filipe.
O izmaylov está submerso numa piscina de liquido amniótico para continuar a servir de viveiro de orgãos para o peidoso.
"oh o Caralho..." -
Fraquinho...é bom que arranjes uma labuta nova. Nesta não te safas.
Eu só acho que devias ter cuidado quando tiras fotos no meio da estrada como em Galegos. Não vá passar algum tir carregado de pacotes de leite e neo-trabalhadoras de leste e não consiga desviar-se.
"e eu fiz a minha primeira reportagem em campo, tipo Nuno Luz, mas sem ser paneleiro" - GOLD.
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