Nacional 1 - 2 Benfica (1a parte)

O jogo começou ainda com os últimos raios de sol, e nevoeiro, nem vê-lo. Desta vez, a visão era perfeita, mas a audição continuava a mesma do costume. Uma bosta. Deviam proibir essas gentes de ir ao futebol fazer daquilo uma lote de peixe. Festa é festa, mas a claque do Nacional faz os ranchos do Alto Minho parecerem roucos. Aos 3, o Barcelos tentou dar um gostinho de cabeça, mas o vento levou a bola... O pior foi que levou também algumas ideias da defesa do Benfica, que logo de seguida mamou um golo escandaloso, com culpas para os "Luíses" que ficaram de braço estendido à espera da proençada. Mas desta vez não era. Como dizem os outros, 'bora alevantar a cabeça para o resto do jogo.

Aos 11 minutos de jogo, dois 'plano americano' sobre os dois treinadores, enquanto os tambores da claque começam a rufar uma melodia de guerra. Manuel Machado aparece em plano de pormenor, e as velhas cantam, dando a ideia, aliadas ao tambores, de estarmos numa roda índia, e eis que surge Melgarejo, para quebrar a imagem, em velocidade, mas não deu em nada.

Aos 15 minutos surge a primeira mancha de desfoque no ecrã. Fumo da claque ou o primeiro nevoeiro? Os sons tribais continuam. Luisinho corre, debaixo dos tambores, cruza... Mexer dá o golpe à Alcochete. 1-1. Manuel Machado sacode a gabardina. Alguns minutos depois, já o Sol não cheirava a relva, o Urreta cheira a linha lateral, Maradona style, e faz bonito. Não deu em nada.
A minha avó liga-me. O pessoal vai fazer uma pista de carros telecomandados ao pé de casa. Tá lixada com o barulho.

(15 minutos depois)
- "Entao, tás a estudar?"
- "Não 'vó, tou a ver o Benfi.. GOLOOOOOOOOO...."
- "Tá a jogar o Benfica? Foi golo?"
- "GOLOOOO!!! Foi vó, Urreta. Tá a dar mas tou a ver na net"
- "Vou ouvir no rádio. Adeus Beijinho"
- "Beij <tuu> <tuu> <tuu> <tuu>...

Grande Urreta, grande livre, grande golo! Aos 37 já se vê o primeiro nevoeiro, mas vem do lado onde estão as câmaras. Não dá para perceber se vai ficar tudo tapado para a Proençada!
O jogo não mexe muito, e aos 40 vemos o Prof. Machadês olhar atentamente a careca do assistente do Proença (sim, esse), careca que decide o futuro, indo mais além do que uma bola de cristal. Mas o Prof. não é dessas coisas, gosta mais dos métodos científicos. Enquanto isso o Claudomir tenta, mas Luisão não deixa. A primeira parte acaba com o Nacional por cima. Jesus vai ter que ser mestre ao intervalo.

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