Queria escrever um título fixe mas só me lembro de "Bruma"

“Da necessidade nasce o engenho”. Acho que é a expressão popular portuguesa que mais se ajusta ao Sporting de ontem e ao do que ainda falta desta época. Necessidade.

Citanto o 4-4-2: Não podemos ser o Barcelona, mas podemos ser o Ajax. É muito mais divertido que aturar o Godinho.

 É que, apesar do orgulho que senti em ver o Sporting acabar o jogo com sete portugueses em campo (oito, se contarmos com o luso-britânico Dier, que fala melhor português do que o Bruma – é verdade!), é bom não nos esquecermos porque isto aconteceu. Não foi porque algum plano traçado no início da época assim o tenha definido. Não foi porque alguém na estrutura “profissional” do futebol do Sporting tenha imaginado que em Fevereiro estaríamos a entrar em campo com um punhado de jogadores que no início da época faziam parte do plantel da equipa B. Nada disso.

 Vir agora “espalhar aos quatro ventos” o orgulho da formação Sportinguista e da sua Academia e, nalguns casos, glosar com a formação de outros, é como um tipo qualquer ver o seu automóvel ser penhorado pela justiça - e devido a isso, começar a andar a pé - e depois ter o desplante de ir junto dos seus colegas automobilistas vangloriar-se porque - agora que anda a pé- , tem mais saúde do que os colegas ou que poupa mais dinheiro do que eles no final do mês. Convém não esquecer que, se pudéssemos, no Sporting também se andaria de automóvel todos os dias.

 Não, entrámos em campo com tantos putos da equipa B porque o projecto de Godinho Lopes falhou. E falhou em Janeiro do ano passado, quando despediu Domingos, não foi porque o Sampaio marcou uma Assembleia Geral, como os seus carneir... apoiantes querem fazer crer.

 Se sinto orgulho? Sim. Se nos devemos vangloriar? Ainda não.