Antes de entrar no assunto, penitencio-me por colocar um
título que, muito provavelmente, já foi usado hoje por mais gente, pois é óbvio
em demasia que se adequa perfeitamente ao dia de hoje.
O nosso presidente, que espero encontrar de boa saúde,
completa hoje 10 anos à frente deste país que é o Benfica, e se, noutros
casos, 10 anos me parecem 10 dias, neste parecem-me 100 anos. Confesso que,
quando Vieira passou a presidente, pareceu-me tudo tão confuso que nem me
preocupei. O Benfica estava próximo da extinção, e haveria eu de me ralar se lá
metiam um gajo que parecia perceber da poda? A verdade é que o Benfica
recuperou muito bem, e fui sempre indo à bola com o Vieira.
As primeiras cenas
com o apito dourado, o título de 2005, a escapadinha por fora com uma apetitosa
seleção nacional, várias são as razões de um benfiquista ir à bola com o
Vieira, nesses tempos. Mas, não houve seguimento nesse sentido. O Apito
Dourado, e como disse o Eugénio Queirós numa entrevista que deu aqui ao Cabelo,
à qual vós acusastes de ser um ‘gozo’, tornou-se numa novela a partir do
momento em que a Puta entrou em cena. Graças à Puta, e a todos os que a
apoiaram, o AP tornou-se num caso perdido à partida, após uma tentativa gasta
(a única tentativa) de reabrir o processo sob ditos de uma Puta que não conhece
lei. O mesmo não seguimento houve com o título, mas Vieira fez um excelente trabalho a engrandecer o valor patrimonial do clube, e de que maneira, passando o benfiquista a ir à bola com o Vieira gestor, mas a sentir o oposto pelo Vieira responsável do futebol.
Vieira não percebia de futebol, mas era um bom
gestor, então com Rui Costa a passar a assumir a pasta do terreno, o pessoal já
estava na boa, superando o bizarro período de Quique Flores, com a entrada de
D10s Aimar no plantel. Os títulos, no entanto, continuavam a fugir, mas já não
era culpa de Vieira, porque já não era ele o gajo do futebol. Rui Costa, no
período Quique, viu-se em apuros para conter o gosto por noite dos jogadores,
que tinham um mau exemplo nesse sentido como treinador, e só com a chegada de
Jesus é que a disciplina voltou, assim como os títulos e algo que já não víamos
há muito: Excelente futebol. Então, toda a gente voltou a ir à bola com o
Vieira, que tinha o Rui Costa a tratar de cenas, e o Jesus a mandar no futebol.
Depois, vieram as carraças. Títulos nem ver, as cenas que Rui Costa trata,
ninguém sabe, e Jesus vai perdendo a humildade perante os adeptos (porque com
os adversários raramente teve), mas, Vieira, está de fora, e não age. O pessoal
começa a não ir outra vez à bola com o Vieira, mas chegam as eleições, depois
de 3 anos a seco, e não há oposição. O benfiquista votante (que não vota em
branco ou nulo), opta pelo óbvio. Vieira continua, mas a malta não o grama
muito. A verdade é que, durante o próximo mandato, muita coisa pode acontecer,
pois cada ano que Vieira está à frente do Benfica, parecem 10, e cada 10 anos,
parecem 100. Mas sem existir oposição com um plano organizado e coerente, o
benfiquista vai votar Veira, Eu vou votar Vieira. Mesmo não indo puta de merda
nenhuma à bola com esse gajo.
Por isso, benfiquistas insatisfeitos, mostrem do
que são capazes.