A equipa inicial dava bons sinais, com Matias no lugar do Elias em vez do André Santos, mostrando que o medo é coisa que não assiste a Domingos. Apesar de se jogar contra Italianos com quem qualquer clube Português (não só o Sporting), tem maior quantidade de más recordações que boas.
Os Italianos sabiam ao que vinham e anularam o famoso quarto de hora à leão. Ainda assim, o Sporting por cima e a ocasião mais perigosa, o remate de longe do Ínsua, obrigou o redes adversário Marquetti a aplicar-se. Nesta fase, achei o Carrillo um pouco individualista, para desespero do João Pereira.
E cinco minutos depois, Capel, o mochilas que leva o ataque do Sporting às costas, faz o cruzamento e van Wolfswinkel num toque de calcanhar à van Basten, a dar expressão ao melhor momento verde e branco.
Das bancadas, a alegria que há muitos anos não se via por aqueles lados. Talvez desde Peseiro. Coreografias, cânticos, assobios ao adversário, a moldura que envolve sem destoar a pintura no relvado verde.
Mas os Italianos, não são o Rio Ave, o Paços de Ferreira, o Setúbal, o Feirense ou o Vaslui. E Klose é um ponta de lança mortífero, que só necessita de meia oportunidade. (E a defesa ainda é a do Sporting, com Polga, nomeadamente), e num livre ficou estabelecida a igualdade. A efusividade dos festejos Italianos levou-me a pensar que o Sporting não está ainda na terceira divisão Europeia, ou que a Lazio ia com o pensamento do empate.
Nesta fase, os Romanos por cima, e um contra ataque do van Bast..., perdão, do van Wolfswinkel, ia dando em golo.
E do nada, quase no intervalo (para o mister Romano, já fora do tempo de compensação), remate de longe do Ínsua, e o 2-1. O Ínsua nos festejos chuta a bola para a bancada e recebe o amarelo (??), e o mister da Lazio recebe ordem de expulsão por excesso na reclamação. Os Romanos iam mesmo com o pensamento focado no empate.
Na segunda parte, a Lazio sempre por cima, o Sporting à espreita, mas van Wolfswinkel muito sozinho e esgotado, mais ainda com a expulsão do Ínsua por justo amarelo (ainda que o primeiro fosse extremamente discutível), muitos cartões, ainda que uma relutância enorme em dar o segundo amarelo a Romanos, por oposição à facilidade em mostrar o primeiro a qualquer jogador.
Não entendi porque saiu Klose ao intervalo. Mas entendo porque é que o treinador Italiano é tão contestado pelos adeptos da Lazio.
Muita garra do Sporting, muita estrela, também. Bolas à trave, cabeceamentos e lances perigosos que Klose não teria perdoado. No final, Carriço a esticar o cordel num lance precedido de fora de jogo, mas que ainda assim, podia ter dado o penalty do empate, e que mostra porque razão está o ex-capitão na bancada.
Rinaudo, incansável do primeiro ao último minuto. Este vai para o museu do clube, não tenho dúvidas, ainda que só fique até ao fim desta temporada...
Penso que foi uma vitória justa. O Sporting com 10 e uma estrelinha, admite-se, ganhou a uns Romanos azarados, mas pouco ambiciosos.
Agora venha o Guimarães no Domingo. Cuidado com o árbitro Paixão. Não me parece que vejamos o Guimarães derrotado com um ou dois penaltys...
P.S.: o gozo pela vitória foi amplamente ampliado por ter sido alcançada de modo "Italiano" contra os Italianos. Melhor mesmo, só quando a selecção Portuguesa afastar a Francesa num mundial, com uma expulsão forçada, e uma mão não assinalada.
P.S.1: (desculpem-me os updates mas vou-me lembrando) Uma reflexão; não é fácil uma equipa manter-se competente, apesar de ir perdendo os que vão sendo considerados, cada qual à vez, as melhores (ou determinantes) pedras no esquema da equipa, exemplos de Izmailov, Jeffren, Elias, Rodriguez...
P.S.2: e aqueles toques de calcanhar e passes sem ver após o golo do van Wolfswinkel e o período mais confiante do Sporting? Tá certo que foram inconsequentes, mas eu ouvi "olés"...